UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Ligia Egidia Moscardini
Titulo PROCEDIMENTOS LINGUÍSTICOS NA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS EM PORTUGUÊS ENTRE OS JURUNA DO XINGU
Orientador(a) Profa. Dra. Cristina Martins Fargetti
Data 11/02/2015
Resumo RESUMO

A Educação Escolar Indígena passa da negação à reafirmação cultural. Tal ponto ocorre porque a modalidade de educação perpassou por um massacre histórico, desde a colonização, com jesuítas e proibições de línguas indígenas, aos anos 1970, até promulgação de artigos da Constituição de 1988 e da LDB, quando a escola se torna, finalmente, um dos meios possíveis para que as etnias finalmente conseguissem um espaço para a preservação de seus direitos culturais, étnicos e linguísticos. Em meio a isso, considero que cada etnia — e, afinal, cada aluno — demanda um contexto escolar específico. Por isso, elaboro propostas para a escola Kamadu, da etnia juruna, tomando seu Projeto Político Pedagógico, em que se constata uma acentuada preocupação em preservar a cultura. No documento, também é evidente o quanto querem “aprender a escrever” e que os juruna esperam aprender habilidades de leitura e escrita em português, de modo a relacionar contribuições da linguística às citadas reivindicações. Para tanto, adoto a concepção de linguagem advinda principalmente de Geraldi e Koch, de que a habilidade linguística está relacionada ao social e do Interacionismo Sociodiscursivo. Enquanto metodologia, me utilizo de concepções de reescrita texttual, me atentando a adotar tipos de correção nos textos juruna. Para tal, me valho da concepção de Avaliação adotada por Luckesi, que é uma avaliação formativa que implica acompanhamento do aluno. Por isso, com o objetivo de investigar sobre de que maneira os alunos juruna respondem às sugestões de correção de um professor-pesquisador não indígena, me centro em oficinas de aprendizagem, modelo do qual os juruna estão habituados e é descrita por Geraldi como um meio de se adotar uma educação diferenciada.

Palavras-chaves: Educação Escolar Indígena, Linguística Textual, Refacção Textual, Paradigma Indiciário

ABSTRACT

Indigenous Education has been experiencing from the denial to the re-assertion of cultural.This happens is because the type of education pervaded by a historic massacre, since colonization, with Jesuits and prohibitions of indigenous languages, to the 1970s until promulgation of articles of the Constitution of 1988 and the LDB, when the school becomes, finally, one of the possible means for ethnic groups finally succeeded a space for the preservation of their cultural, ethnic and linguistic rights.Through it, I believe that each ethnic group - and, after all, every student - demand a specific school context.So work out proposals for the Kamadu school, Juruna ethnicity, taking its Political Pedagogical Project, which states a marked concern to preserve culture.In the document, it is also clear how much they want to "learn to write" and that the Juruna hope to learn reading and writing skills in Portuguese, in order to relate the linguistic contributions to the aforementioned claims.Therefore, I adopt the language of design arising mainly Geraldi and Koch, that linguistic ability is related to social and Interactionism Sociodiscursive. As a methodology, use of texttual me rewrite conceptions, me paying attention to adopt types of correction in Juruna texts.To this end, I draw the concept of evaluation adopted by Luckesi, which is a formative evaluation which involves monitoring the student. Therefore, in order to investigate how the Juruna students respond to correction suggestions of a non-indigenous teacher-researcher, I focus on learning workshops, model from which the Juruna are used and is described by Geraldi as a means to adopt a differentiated education.

Keywords: Indigenous Education, Linguistics Textual, Rewrite Textual, Evidential Paradigmrn
Tipo Defesa-Mestrado
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APG 2.0
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