UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Afonso Ligório Cardoso
Titulo As formas do medo em Grande sertão: veredas
Orientador(a)
Data 12/04/2006
Resumo O tema desta tese é o medo em Grande sertão: veredas, na perspectiva do discurso narrativo – que traz a representação do estabelecimento e da manutenção do poder glorioso que controla o medo – e no plano da enunciação que apresenta o medo como um dos impulsionadores da narração de Riobaldo que tem dúvida sobre a realização do pacto, motivo de medo, e teme a morte. Examinando-se a luta do narrador com as palavras, assume-se a linha interpretativa filosófica aliada à análise de orientação política, tendo o sertão como símbolo de uma realidade mais ampla, que extrapola as fronteiras da região e do período histórico compreendido no romance. Tem-se o objetivo de mostrar que a precipitação e o andamento da narração, que influem no modo como Riobaldo a tece, relacionam-se com a consciência do medo primordial e do inventado. O embasamento teórico da pesquisa é constituído por três grupos de estudos. Primeiro, os que tratam do medo e poder como: Ética e Tratado político de Espinosa, Arte retórica e Arte poética de Aristóteles e Leviatã de Hobbes. Segundo, ensaios críticos sobre Guimarães Rosa como: grandesertão.br: o romance de formação do Brasil de Willi Bolle, “O homem dos avessos” e “Jagunços mineiros de Cláudio a Guimarães Rosa” de Antonio Candido, “Trilhas no Grande sertão” de Proença; As formas do falso de Walnice Galvão; Os descaminhos do demo: tradição e ruptura em Grande sertão: veredas de Rosenfield, “Guimarães Rosa: a revolução rosiana” de Oliveira, entre outros. Terceiro, estudos sobre a criação literária como: Discurso da narrativa de Genette e O tempo na narrativa de Benedito Nunes que examinam o tempo, a perspectiva, a voz e as “visões” narrativas.
Tipo Defesa-Doutorado
Texto Completo

APG 2.0
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