|
|
Aluno(a) |
Carlos Eduardo Monte |
Titulo |
A REESCRITA IRÔNICA DE ANGELA CARTER: O QUARTO DO BARBA-AZUL. |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Luiz Gonzaga Marchezan |
Data |
30/04/2014 |
Resumo |
RESUMO: Este trabalho analisa o conto contemporâneo de Angela Carter. Parte das noções que permeiam a produção artística iniciadas na década de 60, com a finalidade de traçar lineamentos sobre o conto como forma literária, observando os contextos em que Charles Perrault e Carter produziram seus textos. Demonstramos características fundamentais e como sua tipologia contribuiu para especificidade e sedimentação do gênero. Em seguida, realizamos uma nova abordagem da produção artística, pelo viés da pós-modernidade, quando elementos como saturação cultural, decadência e secundariedade canalizam para um novo ânimo produtivo, como observam Moser, Jameson ou Lyotard, o que nos possibilitou chegar a algumas formas de arte que se sedimentam nesse novo contexto, fortalecendo tendências e vanguardas, tal como o feminismo, movimento a que se liga nossa autora. Interessa-nos, em particular, o atual conceito de paródia, conforme Linda Hutcheon, cujo texto, Uma teoria da paródia (1985), torna-se arcabouço fundamental em nosso trabalho. Tendo definido estes conceitos, destacando a relevância do uso da ironia para o trabalho da reescrita, partimos para o capítulo fundamental, em que o texto paradigmático de Charles Perrault, O Barba-Azul é comparado com seu hipertexto, O quarto do Barba-Azul, de Angela Carter. Para tanto, procuramos demonstrar a transformação do personagem, através do apagamento do arquetípico e do caricatural; o deslocamento do protagonismo, com vistas à mulher que se firma como narradora; a sedimentação do literário, suplantando fragmentos da oralidade em Perrault; observamos, também, os procedimentos discursivos como estratégia de uma escrita feminista; para, enfim, descrever o que entendemos tratar-se de uma transvalorização axiológica, a partir de um deslocamento da moral realizado dentro da ótica feminista.
PALAVRAS-CHAVE: Angela Carter; Charles Perrault; conto contemporâneo; paródia; reescrita; pós-modernismo.
ANGELA CARTERS IRONIC REWRITING: O QUARTO DO BARBA-AZUL.
Carlos Eduardo Monte
ABSTRACT: This research examines the Angela Carters contemporary tale. Part of the notions that permeate the artistic production started in the 60s, with the purpose of outlining guidelines on the story as a literary form, observing the contexts in which Carter and Charles Perrault produced their texts. Demonstrate key features and how their type specificity and sedimentation contributed to genders. Then we conducted a new approach to artistic production from a postmodern perspective when elements as cultural satiety; decadence and secondariness can point us to a new productrive direction, as some researchers as Moser, Jameson and Lyotard. The analysis of this social description allowed us in the development to reach some other forms of art, that compose all this new environment, reinforcing some tendencies and vanguards as feministic movement linked to the author. We were interested, particularly, in current parodys concept, according to Linda Hutcheon, whose text: Uma teoria da paródia (1985), turned to a bases to this research. Due to these concepts, focusing to the relevance of irony, used to rewrite jobs, we keep on to reach our goal in the fundamental chapter, in which paradigmatic text is Charles Perraults: O Barba-Azul is compared to its hypertext, Angela Carters: O quarto do Barba-Azul. To achieve this goal we intended to demonstrate characters transformations based on neutralization of archetypal to represent a man whom can be socially involved; this displacement, fulfilled with the woman as narrator of her own story, the sedimentation of literary, supplanting oral fragments in Perrault; also observing the discursive procedures as features of a feministic writing, in a kind of a subversive narrative; at last, to describe what we understand about an axiological transvaluation, from the point of a displaced moral accomplished inside feministic perspective.
KEY-WORDS: Angela Carter; Charles Perrault; Contemporary tale; Rewritten; Parody; Postmodernism. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
|
|
|
|
|