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Aluno(a) |
Rafael Oliveira de Antonio |
Titulo |
Atividade lúdica na educação infantil: o jogo como fenômeno multidimensional na cultura corporal, psicologia histórico-cultural e pedagogia |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Juliana Campregher Pasqualini |
Data |
19/05/2021 |
Resumo |
Resumo: A presente pesquisa toma como objeto a atividade lúdica no contexto da escola de educação infantil. O jogo é um fenômeno que se faz intensamente presente no contexto das escolas de educação infantil, nem sempre abordado a partir de um entendimento conceitual de sua natureza e suas potenciais contribuições para a formação da criança pequena. Em nossa experiência docente constatamos que a terminologia jogo é utilizada sem a necessária preocupação com as distintas dimensões que constituem e compõem essa atividade, e tal problemática não se mostra suficientemente abordada na literatura da área de educação infantil. À luz do materialismo histórico-dialético, realizou-se um estudo de natureza teórico-conceitual que se debruçou sobre o jogo como fenômeno multidimensional, que se faz objeto da cultura corporal, da psicologia histórico-cultural do desenvolvimento e da pedagogia. Como resultado, na cultura corporal o jogo se revela como um de seus objetos clássicos, pouco explorado na educação infantil e associado, de forma equivocada, com brincadeiras de parque ou recreação. Nesse contexto, uma categorização inicial do jogo foi uma demanda própria do estudo, organizando os jogos em categorias, subcategorias, aspectos essenciais e atividades da cultura corporal que se vincula. Já a atividade lúdica como objeto da psicologia histórico-cultural trouxe à tona o jogo na forma particular de brincadeira de papéis sociais, cuja natureza protagonizada proporciona à criança a internalização das relações sociais; configurando-se como atividade-guia da idade pré-escolar, a brincadeira é responsável por engendrar neoformações psíquicas mais importantes do período, preparando a transição para a idade escolar. Por último, quando nos debruçamos sobre o tratamento dado à atividade lúdica na pedagogia, considerada no contexto das concepções pedagógicas contemporâneas – variantes da pedagogia tradicional e pedagogia nova – temos que o jogo é visto como um conhecimento acessório, seja como atividade recreativa representada pelo laissez faire – abandono pedagógico em prol da recuperação física e mental – ou organizado pedagogicamente para atingir resultados educacionais voltados a fomentar qualidades físicas ou psicológicas; ou recurso didático auxiliando a aprendizagem de outras disciplinas escolares, sendo uma atividade didatizada e reduzida ao lúdico. Diante desses resultados, indicamos que o uso indiscriminado ou generalizado da terminologia “jogo” deve ser superado na literatura da área, tendo em vista as diferentes dimensões envolvidas em sua proposição como atividade lúdica no contexto da escola de educação infantil, conquanto sem descaracterizá-lo.
Palavras-chave: atividade lúdica; jogo; cultura corporal; psicologia histórico-cultural; pedagogia histórico-crítica; educação infantil.
Abstract: This research takes as its object the playful activity in the context of the early childhood education school. The game is a phenomenon that is intensely present in the context of early childhood education schools, not always approached from a conceptual understanding of its nature and its potential contributions to the formation of young children. In our teaching experience, we found that the terminology game is used without the necessary concern with the different dimensions that constitute and compose this activity, and this issue is not sufficiently addressed in the literature in the field of early childhood education. In the light of historical-dialectical materialism, a theoretical-conceptual study was carried out that focused on the game as a multidimensional phenomenon, which is the object of body culture, developmental-historical psychology and pedagogy. As a result, in body culture, the game reveals itself as one of its classic objects, little explored in early childhood education and mistakenly associated with park or recreation games. In this context, an initial categorization of the game was a specific demand of the study, organizing the games into categories, subcategories, essential aspects and activities of the body culture to which it is linked. The playful activity as an object of cultural-historical psychology, on the other hand, brought out the game in the particular form of social role play, whose protagonist nature provides the child with the internalization of social relations; configuring itself as a guiding activity for preschool age, play is responsible for engendering the most important psychic neoformations of the period, preparing the transition to school age. Finally, when we look at the treatment given to playful activity in pedagogy, considered in the context of contemporary pedagogical conceptions - variants of traditional pedagogy and new pedagogy - we have that the game is seen as an accessory knowledge, either as a recreational activity represented by laissez faire – pedagogical abandonment in favor of physical and mental recovery – or pedagogically organized to achieve educational results aimed at fostering physical or psychological qualities; or didactic resource helping the learning of other school subjects, being a didactic activity and reduced to play. In view of these results, we indicate that the indiscriminate or generalized use of the terminology "game" must be overcome in the literature in the area, in view of the different dimensions involved in its proposition as a playful activity in the context of the early childhood education school, although without mischaracterizing it.
Keywords: playful activity; game; body culture; cultural-historical psychology; historical-critical pedagogy; early childhood education. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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