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Aluno(a) |
Sandra Lúcia Silva Araújo |
Titulo |
O processo de solução de problemas em crianças com deficiência mental leve: a relação entre o real e o virtual |
Orientador(a) |
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Data |
30/05/2005 |
Resumo |
Esta pesquisa teve como objetivo estudar o processo de solução de problemas de crianças com deficiência mental leve em duas situações diferentes uma situação denominada real e uma situação virtual. Tivemos como objetivo verificar em qual dessas situações essas crianças seriam mais beneficiadas na confrontação de um determinado problema, considerando-se que a solução de problemas é um tipo de aprendizagem mais complexo e difícil e que, portanto, constitui-se num entrave para essas pessoas, de modo especial em seu desenvolvimento escolar. Estudamos como essas crianças reagiriam ao tentar solucionar o problema tipo isca, que consiste em reaver um objeto atrativo por meio de instrumentos (varas). Vinte e dois sujeitos divididos em dois grupos experimentais foram estudados, e os grupos se diferenciaram quanto à ordem em que os problemas eram apresentados: Grupo Experimental I (Real Virtual Real) e Grupo Experimental II (Virtual Real Virtual). A última sessão experimental de cada grupo ocorria 24 horas após as duas primeiras. Os dados foram estudados em dois momentos de análise. Primeiramente analisamos, para cada grupo e em cada sessão, fatores como média de tempo gasto, quantidade média de dicas dadas, e percentual de acertos. Também verificamos os tipos de categorias comportamentais ocorridas, tanto em duração como em freqüência, para cada grupo experimental. No segundo momento examinamos, mais detalhadamente, os dados qualitativos dos sujeitos, com base na transcrição dos filmes. Como resultado, verificamos a supremacia da situação virtual (para ambos os grupos) e a supremacia do Grupo Experimental II (Virtual Real Virtual). O segundo momento da análise nos permitiu identificar cinco grupos de crianças que apresentaram características de solução diferentes: 1) Crianças que resolveram rapidamente os problemas; 2) Crianças que apresentaram indicativos de insight; 3) Crianças que não sabiam inicialmente como resolver o problema virtual; 4) Crianças que apresentavam indícios de conhecer a solução, mas que não tentavam solucionar os problemas; e 5) Crianças que não conseguiram solucionar um ou mais problemas. Consideramos que a supremacia da situação virtual e do Grupo Experimental II podem ser explicados pelo fato de que a situação virtual possui uma característica de monitoramento, que permite à criança com deficiência mental leve ter um feedback imediato quanto às estratégias escolhidas; uma forma de aprendizagem mais gradual, onde lhes é possível aprender a organizar e integrar informações, e, também, uma situação onde elas sejam menos expostas ao medo do fracasso. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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