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| Aluno(a) |
Luciana Zobel Lapa |
| Titulo |
VALENTES CONTRA O BULLYING: a implantação das equipes de ajuda, uma experiência brasileira |
| Orientador(a) |
Profa. Dra. LUCIENE REGINA PAULINO TOGNETTA |
| Data |
25/02/2019 |
| Resumo |
RESUMO
Uma das características do bullying é o fato de ele ocorrer entre pares que se dividem entre autores, alvos e espectadores das intimidações sucessivas, que muitas vezes ocorrem na escola. É sabido também que, quando intimidados, os alvos procuram seus colegas para dividir o que sentem e buscar ajuda. Considerando as duas colocações anteriores, este estudo volta sua atenção para os Sistemas de Apoio entre Iguais (SAI) que têm sido considerados como uma forma eficaz de melhorar a convivência escolar, ou ainda, em casos mais específicos, de erradicar as formas de violência e intimidação entre pares, o bullying. O que esses programas têm em comum é o fato de não estarem centrados na atuação direta dos gestores, mas valerem-se do protagonismo juvenil, isto é, do aluno como responsável por determinadas ações entre os demais (alunos como ele), com o objetivo de promover uma convivência favorável entre todos. Os professores, por sua vez, assumem o papel de formadores, acompanhadores e tutores. O Sistema de Apoio entre Iguais adotado no Brasil é baseado no modelo espanhol, denominado Equipes de Ajuda, e encontra-se em seu quarto ano de implantação. Tal sistema corresponde a grupos de referência em que crianças e jovens, trabalhando de forma colaborativa e fortalecidos por uma formação em conteúdos de assertividade como ajuda, comunicação e valores, podem atuar diante de outros colegas que passam por problemas. Partindo da hipótese de que a existência de tais equipes no contexto escolar diminuiria a incidência dessa forma de violência, esta dissertação de mestrado objetivou descrever a implantação das Equipes de Ajuda no Brasil. Teve também por objetivo comparar a frequência das intimidações que ocorrem em escolas em que há Equipe de Ajuda com aquelas onde não há. Além disso, nas escolas em que há Equipes de Ajuda, pretendeu-se verificar se havia diferença na frequência das intimidações após um ano e após dois anos da implantação deste sistema de apoio. O quarto objetivo consistiu em verificar as mudanças percebidas pelos alunos das Equipes de Ajuda em si mesmos e na comunidade escolar, com a presença das Equipes de Ajuda. Constituiu-se em uma pesquisa de campo de caráter exploratório e descritivo que contou com a participação de alunos de escolas particulares, numa amostra escolhida por conveniência. No total, participaram 2.513 alunos de escolas privadas do estado de São Paulo, sendo que 1.366 alunos pertencem a escolas em que as Equipes de Ajuda foram implantadas e 1.147 alunos pertencem a escolas em que não houve implantação das mesmas. Para verificar a frequência e a presença de situações de bullying entre os alunos utilizou-se um questionário fechado adaptado de Olweus (1994), Avilés Martinez (2002) e Tognetta, Rosário e Avilés (2014). Para verificar as mudanças percebidos pelos alunos das Equipes de Ajuda em si mesmos, ao passarem pela formação e pelas situações de ajuda, usou-se depoimentos de cerca de 10% dos participantes, coletados em diferentes ocasiões, durante o processo de implantação. Os resultados encontrados, vão ao encontro do que as pesquisas internacionais já apontavam: a presença das Equipes de Ajuda interfere na frequência das intimidações. Num primeiro momento, aumentando-as, uma vez que traz uma maior consciência sobre o que de fato são intimidações, à comunidade escolar, para posteriormente acompanhar a diminuição das mesmas.
Palavras-chave: Bullying. Sistema de Apoio entre Iguais. Violência. Convivência. Equipes de ajuda.
ABSTRACT
One of the characteristics of bullying is that it occurs among peers, which are divided among authors, targets and bystanders successive intimidation, which often occur at school. It is also known that when intimidated, targets seek their colleagues to share their feelings and seek help. Considering the two previous positions, this study focuses on its objectives, in the Support Systems between Equals (SAI), which have been considered as an effective way to improve school coexistence, or, in more specific cases, to eradicate forms of violence and intimidation between peer, bullying. What these programs have in common is the fact that they are not centered on the direct action of managers, but use the youth protagonism, that is, the student as responsible for certain actions among the others (students like him), with the objective to promote a favorable coexistence among all. Teachers, in turn, assume the role of trainers, accompanists and tutors. The peer support system adopted in Brazil is based on the Spanish model, called Helping Teams, and is in its fourth year of implementation. Such a system corresponds to reference groups in which children and young people, working collaboratively and strengthened by training in content of assertiveness such as help, communication and values, can act in front of other colleagues who are in trouble. Based on the hypothesis that the existence of such teams in the school context would reduce the incidence of this form of violence, this dissertation aimed to describe the implementation of the Helping Teams in Brazil. It also aimed to compare the frequency and types of bullying that occurs in schools where there is a Help Team, with those in which they have not yet been implemented. this is an exploratory and descriptive field research that had the participation of students from private schools in a sample chosen for convenience. In total, 3.219 students from private schools in the State of São Paulo participated, of which 1.687 students belong to schools in which the Helping Teams were implanted, and 1.532 students belong to schools in which there were no Helping Teams working. A closed questionnaire adapted from Olweus (1994), Avilés Martinez(2002) and Tognetta, Rosário and Avilés Martinez (2014) was used to verify the frequency and presence of bullying situations among the students. In order to verify the changes perceived by the students of the Helping Teams themselves, when they went through the training and help situations, statements of about 10% of the participants, collected at different times, were used during the implementation process. The results found are in line with what international research has pointed out: the presence of the Helping Teams interferes with the frequency of intimidation. At first, increasing them, since it brings a greater awareness about what are in fact intimidations, to the school community, to later monitor the decrease of them.
Keywords: Bullying. Peer of support systems. Violence. Coexistence. Helping teams. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
| Texto Completo |
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