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Aluno(a) |
Mariana Cristina da Silva |
Titulo |
O desenvolvimento da imaginação e a atividade da criança em idade pré-escolar |
Orientador(a) |
Profa. Dra. JULIANA CAMPREGHER PASQUALINI |
Data |
20/02/2019 |
Resumo |
RESUMO
O presente trabalho de natureza teórico-bibliográfica toma por objeto as relações
existentes entre o desenvolvimento da imaginação e a brincadeira de papéis sociais,
atividade-guia da idade pré-escolar, tendo como referência os pressupostos da
psicologia histórico-cultural, a partir principalmente de Vigotski (2008; 2009), Vygotski
(2012a, 2012b, 2014), Elkonin (2009), Leontiev (2017a, 2017b), Ignatiev (1960),
Petrovski (1985), Rubinstein (1978) e Repina (1974). Partimos de uma generalizada
aceitação de que a brincadeira seja na infância a expressão da rica imaginação da
criança. Contrapomo-nos a esta concepção buscando analisar a natureza cultural e social
tanto da imaginação, como uma função psíquica superior, quanto da brincadeira de
papéis sociais. Neste sentido, a exposição organiza-se em três momentos. No primeiro
deles analisamos a imaginação como transformação das imagens psíquicas buscando
evidenciar a sua gênese a partir da atividade de trabalho, além de evidenciarmos as
relações existentes entre esta função psíquica e a realidade como forma de
contraposição a concepções que a compreendem como possibilidade de fuga do real. Na
sequência, analisamos as formas pelas quais as transformações nas imagens ocorrem
com objetivo de formação das imagens imaginativas destacando também quais as
relações entre a imaginação e outras funções dada a interfuncionalidade do psiquismo
humano. Nesta perspectiva, no segundo momento, a partir da periodização do
desenvolvimento psíquico buscamos analisar a imaginação e a brincadeira de papéis no
interior dos períodos denominados primeiro ano de vida e primeira infância
evidenciando que nestes há a criação de possibilidades que fazem emergir, na idade pré-
escolar, a brincadeira de papéis sociais e que esta atividade é condição necessária para o
surgimento e desenvolvimento da imaginação no referido período. Especificamente em
relação à brincadeira de papéis, analisamos sua estrutura e conteúdos, as ações das
crianças, o uso dos substitutos lúdicos e o desenvolvimento da conduta arbitrada. Neste
sentido, no terceiro momento consideramos as implicações pedagógicas das proposições
apresentadas anteriormente. Defendemos que a brincadeira de papéis por não ser uma
atividade natural e espontânea deve ser ensinada e enriquecida. Assim, compreendemos
que na escola de Educação Infantil o trabalho pedagógico dos professores pode
influenciar no desenvolvimento tanto desta atividade quanto da imaginação infantil seja
por interferência direta na brincadeira seja pelo cumprimento da função educativa da
educação, a saber, a transmissão e socialização dos conhecimentos mais desenvolvidos
produzidos histórica e coletivamente pela humanidade e adequados à criança pré-
escolar, destinatária do ensino, tal como preconizado pela pedagogia histórico-crítica.
Palavras-chave: Imaginação. Brincadeira de papéis sociais. Idade pré-escolar.
Psicologia histórico-cultural. Pedagogia histórico-crítica.
ABSTRACT
The present work is of theoretical-bibliographic nature and takes as object the relations
between the development of imagination and the role play, leading activity of the
preschool age child, having as reference the assumptions of the historical-cultural
psychology, mainly from Vigotski (2008; 2009), Vygotski (2012a, 2012b, 2014),
Elkonin (2009), Leontiev (2017a, 2017b), Ignatiev (1960), Petrovski (1985), Rubinstein
(1978) and Repina (1974). We started from a generalized acceptance that the play in
childhood is an expression of the rich imagination of the child. We oppose this
conception by seeking to analyze the social and cultural nature as well as a superior
psychic function, as well as the play of social roles. In this sense, the exposition is
organized in three moments. In the first of them we analyze the imagination as the
transformation of the psychic images by seeking to evidence its genesis from the
activity of work, besides showing the existing relations between this psychic function
and the reality as a way to oppose the conceptions that understand this specific function
as a possibility of escape from the reality. In the sequence, we analyzed the ways in
which the transformations in the images occur with the objective of the formation of
imaginative images, highlighting also what are the relations between the imagination
and the other functions, given the interoperability of the human psychism. In this
perspective, in the second moment, starting from the periodization of the development
of psychism we searched to analyze the imagination and the role play within the periods
called first year of life and early childhood evidencing that in these there is a creation of
possibilities that may emerge, in the preschool age, the role play and that this activity is
a necessary condition for the emergence and development of the imagination in that
period. Specifically in relation to role play, we analyzed its structure and contents, the
children's actions, the use of playful substitutes and the development of arbitrated
conduct. In this sense, in the third moment we considered the pedagogical implications
of the propositions presented previously. We argued that role play for not being a
natural and spontaneous activity should be taught and enriched. Thus, we understand
that in the school of Early Childhood Education the pedagogical work of teachers can
influence in the development of both this activity and the children's imagination either
by direct interference in the game or by the fulfillment of the educational function of
education, namely, the transmission and socialization of the most developed historically
and collectively produced by mankind and adapted to the preschool child, the recipient
of education, as advocated by historical-critical pedagogy.
Keywords: Imagination; Role play; Preschool age; Cultural-historical psychology;
Critical-historical pedagogy |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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