UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Nimuêndaju Antonia Pinotti de Oliveira
Titulo Da função à operacionalização do plano de ensino de educação artística de 5a. a 8a. séries do ensino fundamental: desafios e tendências
Orientador(a)
Data 25/08/2003
Resumo Quando pensamos em desenvolver uma pesquisa sobre Plano de Ensino, veio logo a primeira pergunta: para que serve e qual a sua função? Depois, pensamos na forma em que o Plano de Ensino é aplicado, na sua operacionalização, principalmente nas escolas da rede pública estadual à qual pertencemos como professora efetiva de Educação Artística e cumprindo, atualmente, a função de Coordenadora Pedagógica. Foi necessário realizar, primeiramente, uma retrospectiva histórica da disciplina para entendermos melhor o seu papael dentro da escola e, em seguida, uma investigação empírica sobre como ocorre a utilização do Plano de Ensino pelos professores da área de Artes. Portanto, ao analisarmos estas reflexões sobre as Artes, estipulamos a década de 1990 para o levantamento do significado e posição da disciplina de Educação Artística no currículo do Ensino Fundamental, por se tratar de um momento de transformação na área de Artes, pois, a partir da LDB no. 9.394/96, a disciplina aos poucos vai deixando essa denominação, passando, então, a ser chamada Artes. Percebemos que, a partir dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a área de Artes passa a ser mais valorizada, tornando-se um ponto de apoio às outras disciplinas e não somente servindo para decorar a escola, como ocorreu durante muitas décadas. Buscamos, então, investigar se essa mudança também ocorreu na visão dos professores. Tendo como referencial teórico a abordagem do Pensamento do Professor, foram entrevistadas oito professoras de 5a. a 8a. séries da área de Artes, acerca da posição da disciplina no currículo, das mudanças advindas com a reforma educacional, da função do Plano de Ensino e das dificuldades enfrentadas para a sua operacionalização, entre outras coisas. Entre os resultados, salienta-se a mudança de visão e atitude dos professores, que passaram a valorizar mais a área de Artes, enfatizando seu papel de instrumento de integração multidisciplinar. Nota-se a importância dada à função - de diretriz, organização da ação, referencial e material de apoio, segundo as professoras - e a elaboração dos Planos de Ensino, embora a maioria não siga fielmente o que planejou. As professoras também acreditam que a função do Plano de Ensino se alterou com a reforma, mas não identificam precisamente qual foi essa alteração. As dificuldades de implementação do plano ligam-se, geralmente, à falta de recursos nas escolas e à falta de especialização do professor em algumas linguagens artísticas. Os depoimentos indicam que o trabalho em sala de aula passou a ter um siginificado mais positivo e a nova atitude dos professores, de valorização da área, gerou reciprocidade por parte dos alunos. Mas a área enfrenta alguns desafios e está sujeita a certas tendências. Entre os primeiros, lembramos o hábito ainda presente entre os professores de não seguir o planejado, a dificuldade de manejar novas tecnologias e também de lidar com as várias linguagens artísticas e a integração dos projetos escolares nos Planos de Ensino. Entre as segundas, salientam-se as tentativas de flexibilização dos Planos, os cursos de capacitação nas novas tecnologias, a integração multidisciplinar e a própria valorização da disciplina.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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