UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Luciana Wagner Schöffel
Titulo Concepções de professores sobre o “brincar” e práticas pedagógicas na pré-escola
Orientador(a)
Data 15/12/2003
Resumo Reconhecendo a brincadeira como uma atividade natural na criança e na qual ela apreende a cultura da qual faz parte, esta dissertação traz uma discussão sobre a importância desta atividade no desenvolvimento cognitivo e social da criança pré-escolar, apoiando-se especialmente nas contribuições de Vygotsky e colaboradores. Esta pesquisa foi desenvolvida em dois momentos (Estudo 1 e Estudo 2) em duas classes pré-escolares de uma única escola do interior paulista. O Estudo 1 objetivou identificar as concepções de professoras sobre a brincadeira infantil e suas práticas pedagógicas na pré-escola. O Estudo 2 objetivou analisar os efeitos da “brincadeira orientada” no desenvolvimento da criança pré-escolar em aspectos da cognição e da sociabilidade. O método de observação direta foi utilizado em ambos os estudos. No Estudo 1 realizamos registros cursivos e manuais em intervalos de 10 minutos e entrevistamos duas professoras. No Estudo 2 as observações ocorreram em sala de aula em uma situação previamente organizada de “brincadeira orientada”, com registros obtidos através de filmagens e fotografias. Os resultados do Estudo 1 nos levaram a perceber uma certa distância entre o que as professoras planejam para as crianças realizarem em sala de aula e as exigências naturais da própria criança, onde a brincadeira é uma atividade presente em todas as formas do repertório da criança, por onde ela assimila os diferentes modos e ações presentes em seu contexto social e cultural. A distância verificada está configurada nas próprias concepções das professoras, onde a brincadeira é tida como um elemento inerente à idade das crianças e gerador de desenvolvimento, mas na prática o “brincar” é uma atividade que se opõe ao “trabalhar”. No Estudo 2 verificamos que o ambiente arranjado de forma lúdica e a nova forma de trabalho, por meio da “brincadeira orientada”, contribuiu significativamente no desenvolvimento cognitivo e social de todas as crianças. Em aspectos da cognição verificamos que o interesse por determinadas atividades foi efetivo no aumento da atenção, da persistência, da concentração, da percepção e da criatividade das crianças. As vivências sociais nesse ambiente contribuíram para que as crianças se tornassem mais próximas uma das outras, contribuindo com o desenvolvimento da expressividade, da linguagem e da cooperação.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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