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| Aluno(a) |
Jaqueline Belga Marques |
| Titulo |
Os sentidos do não aprender na perspectiva de alunos do Ensino Fundamental I, professores e familiares |
| Orientador(a) |
Profa. Dra. CLAUDIA REGINA MOSCA GIROTO |
| Data |
27/02/2018 |
| Resumo |
RESUMO
A heterogeneidade humana tem sido corrompida por um amplo processo de ajustamento e padronização que, no campo da educação, dá visibilidade a uma rede de explicações medicalizadoras que buscam justificar o não aprender. Em alunos na fase inicial do processo de apropriação da linguagem escrita, o não aprender apresenta-se, cada vez mais, associado a diagnósticos de doenças e, como consequência, o processo de medicalização aumenta demasiadamente na escola. Com base em tais ideias, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender os sentidos atribuídos ao não aprender por alunos matriculados nos anos iniciais de uma escola de Ensino Fundamental I, identificados por seus professores como aqueles que apresentam doenças do não aprender, seus familiares e professores. O percurso metodológico compreendeu pesquisa de natureza descritivo-interpretativa, subsidiada pela abordagem qualitativa, com ênfase na triangulação de dados, a partir dos discursos de nove protagonistas (três alunos, seus respectivos familiares e professores), que permitiram a análise sob duas dimensões a partir dessa triangulação: os discursos orais e os discursos escritos, dos quais se depreenderam os seguintes eixos de análise: A triangulação dos protagonistas - os discursos orais e escritos produzidos; Apresentando os discursos orais e escritos; Os sentidos do não aprender; Rótulos e classificações - implicações nos discursos estigmatizantes; A consequência do fracasso escolar - a doença, o medicamento e os encaminhamentos. Na conclusão desse trabalho, discutiu-se algumas implicações do processo de medicalização na educação. Os resultados indicaram que o aluno vai se constituindo discursivamente, assimilando as vozes sociais. Tanto nos discursos orais dos protagonistas, quanto nos discursos escritos produzidos nos prontuários, notou-se que o processo de medicalização se torna cada vez mais abrangente na escola, pois como o sujeito se refrata através do discurso do outro, todos são envolvidos, a família e a escola e, consequentemente, o aluno toma para si o rótulo do não aprender, dando continuidade ao movimento de medicalização. Portanto, com esse trabalho espera-se contribuir para a ampliação da discussão acerca dos sentidos do não aprender, com vistas a uma maior conscientização, por parte de profissionais da área da educação e saúde, sobre os malefícios da medicalização sociais e educacionais no contexto escolar.
Palavras-chave: Doenças do não aprender. Medicalização da Educação. Linguagem Escrita. Ensino Fundamental.
ABSTRACT
Human heterogeneity has been corrupted by a broad process of adjustment and standardization that, in the field of education, gives visibility to a network of medicalizing explanations that seek to justify not learning. In students in the initial phase of the process of appropriation of written language, not learning is increasingly associated with diagnoses of diseases and, as a consequence, the medicalization process increases too much in school. Based on these ideas, the present study was developed with the purpose of understanding the meanings attributed to not learning by students enrolled in the initial years of a Primary School I, identified by their teachers as those who have no learning associated diseases, their family and teachers. The methodological course comprised a descriptive-interpretative research, subsidized by the qualitative approach, with an emphasis on data triangulation, from the discourses of nine protagonists (three students, their respective relatives and teachers), which allowed the analysis in two dimensions from of this triangulation: the oral discourses and the written discourses, from which the following axes of analysis were deduced: The triangulation of the protagonists - the oral and written discourses produced; Presenting the oral and written discourses; The senses of not learning; Labels and classifications - implications in stigmatizing discourses; The consequence of school failure - the disease, medicine and referrals. At the conclusion of this work, we discussed some implications of the medicalization process in education. The results indicated that the student is developing discursively, assimilating the social voices. Both in the oral discourses of the protagonists and in the written discourses produced in the medical records, it was noted that the medicalization process becomes more and more comprehensive in the school, because as the subject refracts through the discourse of the other, everyone is involved, the family and the school and, consequently, the student takes to himself the label of not learning, giving continuity to the medicalization movement. Therefore, this work hopes to contribute to the broadening of the discussion about the senses of not learning, with a view to raising awareness among professionals in the area of education and health about the harmful effects of social and educational medicalization in the school context.
Key words: Diseases of not learning. Medicalization of Education. Written language. Elementary School.
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| Tipo |
Defesa-Mestrado |
| Texto Completo |
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