UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Adriana Marques Guimarães Dias
Titulo GESTÃO DEMOCRÁTICA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA
Orientador(a) Edson do Carmo Inforsato
Data 04/03/2015
Resumo A gestão democrática da educação no Brasil surgiu dos movimentos sociais de professores que reivindicavam uma educação escolar pública, universal, laica e gratuita na década de 1980. Nesse sentido, a gestão democrática contrapôs-se à administração escolar, que paulatinamente deixou de fazer parte da literatura educacional sobre o tema, bem como das legislações de ensino (SILVA JUNIOR, 2002). Então, diante das pressões sociais, a gestão democrática tornou-se um princípio legal na Constituição Federal de 1988, que depois se refletiu no Plano Decenal da Educação (1993), na LDBEN 9394/96, Plano Nacional da Educação – 2001-201, desdobrando-se no Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE (ADRIÃO & CAMARGO, 2007; SAVIANI, 2006, 2008). Sendo assim, buscamos compreender quais implicações ideológicas embasaram tal alteração. Para tanto, adotamos procedimentos da pesquisa bibliográfica (GIL (2002)), utilizando-se de textos da literatura de autores brasileiros sobre administração de empresas (TAYLOR (1856-1915), FAYOL (1841-1925), CHIAVENATO (1983), MOTTA (1991), TRAGTEMBERG (1974), administração escolar (FELIX (1989), CARNEIRO LEÃO (1887-1966), LOURENÇO FILHO (1897-1970), QUERINO RIBEIRO (1907-1990), ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971), Myrtes Alonso (1976), BRUNO, (1997)), gestão escolar (SANDER, (2005), PARO (2010)) e gestão democrática (ARROYO (2008), PARO (2003, 2008), VEIGA (1995), LUCK (2000), SILVA JUNIOR (2002)), bem como as legislações supracitadas e as orientações dos organismos multilaterais como: a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), que produziram documentos como as “Prioridades e estratégias para a Educação: estudo setorial do Banco Mundial”, e a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), responsável pela organização da “Conferencia Mundial de Educação para Todos” e pelo documento “Declaração Mundial sobre Educação para Todos – Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem”, em 1993. Além disso, nos baseamos em pesquisas acadêmicas sobre a categoria investigada, utilizando para isso, alguns artigos sobre o Estado da Arte (FERREIRA, 2002) que tratam da questão. Nesse sentido, concluímos que várias alterações ocorreram no contexto supranacional: a globalização da economia configurou a política neoliberal (BRUNO, 1987) e, como consequência, a reforma do Estado brasileiro (ANDERSON, 1995; BRESSER PEREIRA, 1995, 1997), traduzindo a participação da comunidade escolar no Projeto Político-Pedagógico da unidade escolar e nos sistemas a partir de orientações neoliberais, nas quais a sociedade civil (TONET, 2013; WOOD, 2011) passou a dividir com o Estado a responsabilidade por manter a educação escolar. (TORRES, 2007)
Palavras-chave: gestão democrática, administração escolar, sociedade civil, neoliberalismo
Tipo Defesa-Doutorado
Texto Completo

APG 2.0
Copyright 2014 (c) UNESP - Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara