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Aluno(a) |
Gabriela Maffei Moreira Malagolli |
Titulo |
Alunos em defasagem escolar no Ensino Fundamental I - análise das condições de enfrentamento de adversidades |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Sílvia Regina Ricco Lucato Sigolo |
Data |
25/11/2014 |
Resumo |
RESUMO
Respaldada pela perspectiva bioecológica de desenvolvimento humano a pesquisa investiga as condições de enfrentamento de adversidades de crianças com problemas escolares. Foi realizado um estudo longitudinal com 4 professoras, 23 pais e 20 crianças em um período de dois anos, acompanhando os alunos que estavam no 2°ano e que posteriormente foram para o 3° ano. Os instrumentos de coleta de dados utilizados com os alunos foram: TDE, Sondagem de leitura, escrita e raciocínio lógico matemático, EOCA, escala CATS e a Ficha Individual de Desempenho. Com os pais utilizou-se o RAF e o EEA. Com todos os participantes utilizou-se entrevistas com roteiro semi estruturado. Foram selecionados os alunos que se classificaram como inferior no TDE e a partir de então, organizou-se três grupos diferentes: G1(médio), G2 (médio inferior) e G3 (inferior). Notou-se entre os alunos do G1, que são crianças que se dedicam à leitura quando não estão na escola. Demonstraram correspondência alfabética no segundo ano e não evidenciaram problemas com a matemática no terceiro ano. Gostam da escola e a referenciaram como um espaço para brincar. Na sala de aula, disseram que conversam muito mas que aprenderam. Os dados das professoras confirmaram esse fato. As mães não evidenciaram reclamações da escola. Entre os alunos do G2, a maioria tem o hábito de ler quando não estão na escola. Apesar de todas alcançarem a hipótese alfabética no segundo ano, os problemas com a matemática persistiram até o terceiro ano. Sobre a escola, fizeram referências às atividades da sala e extra classe, aos amigos e brincadeiras. Disseram que conseguiram aprender, com exceção de uma criança. Quanto aos pais, todos se mostraram satisfeitos com a escola mas três relataram que já tiveram vontade de matricular os filhos em escolas particulares. Assim como as crianças do G1, as do G2 não evidenciaram dificuldades quanto à competência social. As crianças do G3 possuem poucos livros em casa. São crianças que não tem o hábito de ler quando não estão na escola. Duas crianças alcançaram a hipótese alfabética no segundo ano, três no terceiro ano e uma concluiu o terceiro ano ainda pré silábica. Referente à matemática quatro crianças demonstraram desempenho inadequado em todas as áreas avaliadas, nos dois anos investigados. As crianças parecem gostar da escola e a associaram à práticas esportivas, brincadeiras e recreio. Elas reconheceram que não aprenderam ou que aprenderam pouco. Algumas relataram que mesmo diante da dificuldade, tentavam ajudar os colegas. Outras disseram que não conseguiam acabar as atividades da classe porque os amigos atrapalhavam ou porque se envolviam em brigas. Quanto à qualidade da escola, a maioria dos pais disseram que ela não atende as necessidades do filho. Os dados ainda revelaram adversidades vivenciadas pelas crianças dos três grupos pensados para o estudo, G1, G2 e G3. No entanto, alunos classificados como G1 e G2 mostraram que enfrentam e superam as adversidades, fazendo com que estas não se configurem em fracasso escolar. Busca-se a compreensão da resiliência enquanto processo, com ênfase nas estratégias que as crianças desenvolvem para superar as adversidades.
Palavras chaves: perspectiva bioecológica, resiliência, desempenho acadêmico, Ensino Fundamental, enfrentamento e adversidades.
ABSTRACT:
Backed by bio-ecological perspective of human development research investigates the conditions facing adversities of children with learning problems. A longitudinal study with four teachers, 23 parents and 20 children in a two-year period was carried out, following students who were in the 2nd year and later went to the 3rd year. The data collection instruments were used with students: TDE, Survey of reading, writing and mathematical logical reasoning, EOCA, CATS scale and Single Sheet Performance. With parents we used the RAF and the EEA. With all participants was used semi-structured interviews with script. Students who classified themselves as inferior in TDE and thereafter were selected, organized three different groups: G1 (middle), G2 (lower middle) and G3 (bottom). It was noted among students of G1, that children are engaged in reading when they are not in school. Demonstrated alphabetical match in the second year and showed no problems with mathematics in the third year. Like school and have referred to as a space to play. In the classroom, said they talk a lot but they have learned. The data of the teachers confirmed this fact. Mothers showed no complaints from school. Among the students of G2, most have the habit of reading when they are not in school. Despite all reach the alphabetical hypothesis in the second year, the problems with mathematics persisted until the third year. About the school, made references to the activities of the room and extra class, friends and games. Said they were able to learn, except for a child. As parents, all were satisfied with the school but who have had three reported willingness to enroll their children in private schools. As children of the G1, the G2 showed no difficulties regarding social competence. G3 children have few books at home. Children who are not in the habit of reading when they are not in school. Two children achieved alphabetical hypothesis in the second year, three in the third year and completed the third year still pre syllabic. Relating to the mathematical four children demonstrated poor performance in all assessed areas in the two years investigated. The kids seem to like the school and the associated sports practices, games and recreation. They recognized that they have learned or not learned little. Some reported that even in the face of difficulty, trying to help colleagues. Others said they could not finish the class activities because friends or hindered because they engaged in fights. As for the quality of the school, most parents said that she does not meet the needs of the child. The data also revealed adversity experienced by children in the three groups thought to the study, G1, G2 and G3. However, students classified as G1 and G2 showed that face and overcome adversity, so that these do not configure in school failure. Search to understanding resilience as a process, with emphasis on strategies that children develop to overcome adversity.
Key words: bioecological perspective, resilience, academic achievement, elementary school, coping and adversity. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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