UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Flávia Rossi Rezende Albino
Titulo Ensino e aprendizagem: para além da relação
Orientador(a)
Data 17/10/2011
Resumo No fim da década de 1970 e no início da década de 1980, Soares (1985) e outros teóricos delimitaram um momento de decadência na Didática. Neste período em que o país estava sob forte intervenção militar, a busca pelo desenvolvimento econômico do país, a repressão contra qualquer opositor deste governo e os acordos MEC-Usaid influenciaram diretamente as políticas educacionais da época. Deste modo, a educação brasileira apresentava como discurso um ensino de natureza técnica, que garantisse a formação de uma mão-de-obra qualificada para atender as necessidades empregatícias do país. Diante de um cenário educacional tomado por discussões metodológicas, preocupado apenas com as técnicas utilizadas no processo de ensino e aprendizagem, alguns teóricos identificaram uma “crise da Didática”, momento em que a área carecia de discussões teóricas mais profundas, diante do predomínio da vertente Tecnicista. A Didática e suas bases, ou seja, o ensino e a aprendizagem, foram questionados e pediam estudos, uma vez que foram caracterizados como “reducionistas”, por Candau (1993). Assim, os movimentos Didática em questão, Pedagogia Histórico-crítica (e também Pedagogia Crítico-social dos conteúdos) e Formação de Professores surgiram como alguns dos “novos parâmetros” a essa suposta crise identificada na área e tentaram fornecer, à medida do aprofundamento que receberam, saídas para a crise da Didática. Além do mapeamento desses movimentos, foram analisados os trabalhos publicados nas Reuniões anuais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa (ANPEd), de 2003 a 2007, momento em que a Associação completou 30 anos, o modo como apresentavam as categorias de ensino e aprendizagem e como e se demonstravam a relação existente entre eles. Percebeu-se que a relação entre eles era predominante e que o sucesso do ensino era uma decorrência do sucesso da aprendizagem e de sua relação com o conhecimento, ou seja, predominou uma relação em busca do equilíbrio das categorias e também que algumas das alternativas oferecidas pelos movimentos iniciais não concretizaram saídas para a “crise”. A resposta foi encontrada na “mediação dialética”, no momento em que propôs ser o ensino e a aprendizagem categorias distintas que não visam o equilíbrio e com a compreensão das leis da dialética. O foco passou a ser a totalidade dos conceitos de ensino e de aprendizagem e não sua fragmentação e foi possível compreender a “crise da Didática”, uma vez que ainda vivemos nela, pois não ocorreu sua superação.

Palavras-chave: ensino e aprendizagem, Didática, mediação dialética e pedagógica.
Tipo Defesa-Mestrado
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APG 2.0
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