UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Ritta Minozzi Frattini
Titulo A implantação da reforma do ensino de 1º e 2º graus no Estado de São Paulo nas páginas da imprensa (1971-1982)
Orientador(a)
Data 17/10/2011
Resumo Este estudo que se insere no campo da história e da historiografia da educação tem como objetivo investigar os debates sobre a implantação da Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus Lei nº 5.692/71 no Estado de São Paulo, registrados no jornal Folha de São Paulo. Bem como analisar as representações construídas em torno dessa reforma tomando como referência as práticas discursivas de políticos, intelectuais, educadores e grupos da sociedade civil. Busca-se, dessa maneira, explicitar os enfrentamentos da rede estadual de ensino face à reorganização das escolas de 1º e 2º Graus; examinar a repercussão do projeto de redistribuição da rede física implantado no Estado de São Paulo a partir de 1975; identificar as repercussões sociais da reforma curricular do ensino de 1º Grau; e mapear os problemas e os principais debates em torno da profissionalização do ensino de 2º Grau. Para tanto, utilizam-se como fonte de pesquisa as notícias e editoriais publicados no jornal Folha de S. Paulo, entre os anos de 1971 e 1982, cujos exemplares encontram-se no Arquivo Público do Estado de São Paulo. A análise dessa fonte jornalística está apoiada no conceito de representação enunciado por Roger Chartier. Esse período de implementação da Lei, que se deu a partir da redistribuição da rede física, iniciada em 1975, provocou reação por parte da comunidade escolar paulistana, como professores, pais, alunos e diretores de escolas. Inicialmente a Folha informou e fez a propaganda das políticas educacionais do governo e noticiou os atos legais sobre a Reforma. Somente a partir de 1975 o diário passou a noticiar os discursos e manifestações dos vários sujeitos afetados por essa reforma, evidenciando de forma mais clara as dificuldades e os impasses cotidianos da implantação da Lei 5.692/71, porém não houve debate com a sociedade. Apenas no início de 1980 o impresso adotou uma posição mais crítica, principalmente em relação à profissionalização do 2º Grau. Entretanto, ao noticiar as críticas da comunidade escolar, a Folha omitiu-se sobre os ganhos democráticos preconizados pela Reforma, que ampliou de quatro para oito anos a escolarização obrigatória. A profissionalização obrigatória foi definitivamente eliminada pela Lei 7.044/82.

Palavras – chave: Educação na Imprensa. História da Educação no Estado de São Paulo. Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus. Lei nº 5.692/71
Tipo Defesa-Mestrado
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