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Aluno(a) |
Maria Cristina Ravaneli de Barros O |
Titulo |
Violência escolar e a formação continuada dos docentes: políticas, programas e ações - a experiência de Minas Gerais |
Orientador(a) |
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Data |
18/05/2011 |
Resumo |
Esta pesquisa estuda o Projeto: Escola Viva, Comunidade Ativa (EVCA), implementado em Minas Gerais, desde 2003, cujo objetivo é conter a violência nas escolas. A vulnerabilidade das atitudes docentes frente a tais manifestações instigou-nos a investigar como o Projeto contempla a política de formação continuada dos docentes. Primeiramente descrevemos o caminho metodológico percorrido, que por se tratar de pesquisa de cunho qualitativa bibliográfica e documental, traz uma análise dos textos elaborados pelos órgãos oficiais: MEC, SEE/MG e escolas selecionadas, em Poços de Caldas. Expõe o fundamento teórico da pesquisa, estudando os conceitos e discursos definidos pela modernidade sobre a violência, sua diversidade em relação à teoria social, a interpretação da violência simbólica, e como compreender as teorias pedagógicas em sua relação. Traz a análise dos documentos oficiais do MEC, buscando saber qual tem sido a visibilidade da violência escolar nas políticas de formação continuada, a partir da década de 1990. São eles: LDB 9394/96; o Plano Decenal de Educação para Todos (1993- 2003); o PNE (2001); o PDE (2007) e ainda os PCNs (1997), com aprofundamento nos Temas Transversais e Ética. Na sequência, analisa o EVCA abordando sua estruturação, subprojetos, resultados esperados e alguns indicadores de avaliação; por último, os PDPIs das escolas selecionadas. Após o estudo é possível afirmar que essas políticas intencionam contribuir para a qualidade do atendimento ao aluno, enfatizando a competência e a autonomia dos professores na gestão de suas práticas pedagógicas. No entanto, ainda defendem um caráter de complementação, que se traduz na priorização da melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura/escrita e matemática e na valorização específica dos aspectos didáticos. A tão proclamada qualidade do ensino continua vinculada aos princípios da eficiência e da eficácia, determinada, prioritariamente, pelas políticas de avaliação. Embora sejam programas destinados ao aprimoramento e atualização dos docentes, não há como ignorar a manutenção de tendências fundadas em treinamento e capacitação, que visam os avanços exigidos pela sociedade moderna. Seus registros e orientações não abordam de forma clara a questão da violência nos espaços escolares e muito menos oferecem indícios de suporte para seu enfrentamento. Desta feita, evidenciamos que, embora a violência escolar seja uma realidade escancarada, existem ainda poucos estudos e contribuições sustentáveis que podem subsidiar o problema. Que os programas instituídos pela Rede Nacional de Formação Continuada priorizam o suporte pedagógico aos conteúdos selecionados, especialmente em Língua Portuguesa e Matemática, com o propósito de elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Também que, sob aparência de novidade, estas propostas ainda tendem a reproduzir concepções e condutas conservadoras e autoritárias. Por tudo isso, concluímos que, em Minas Gerais o EVCA representa muito mais uma iniciativa de ordem comunitária do que escolar. E que, em nome da política de parcerias, não reconhece o papel da instituição escolar, neste desafio, especialmente, quanto à preparação competente de seus profissionais.
PALAVRAS-CHAVE: políticas educacionais, violência escolar, formação continuada de professores. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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