UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Paula Furine Stolfi
Titulo Concepções de professores sobre agressão e violência em crianças no início da escolarização
Orientador(a)
Data 24/09/2009
Resumo Este trabalho teve como objetivo examinar as concepções de professores de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, sobre agressividade humana, com especial atenção para agressão e violência entre crianças na escola, e levantar alguns subsídios para reflexão sobre a formação de professores. Apresenta-se um levantamento das pesquisas no Brasil no período de 2000 a 2008, sobre violência na escola, seguido de uma breve referência às principais teorias que procuram explicar a violência em humanos, e depois a alguns pontos básicos da pesquisa sobre desenvolvimento humano, crianças, visando-se a chamar atenção para as explicações sobre os possíveis fatores de desenvolvimento de comportamento agressivo em crianças. Método: Dezesseis professoras, sendo onze da Educação Infantil (pré-escolas para crianças de 4 e 5 anos de idade) e cinco do Ensino Fundamental (1º e 2º anos, para crianças de 7 e 8 anos), em escolas de um município no interior de São Paulo, foram entrevistadas com vistas a exporem suas idéias sobre agressão e violência e mediante um roteiro de entrevista semi-estruturada. Foram geradas sete categorias de análise com base nas falas das professoras. As professoras também responderam a uma “lista para assinalar”, com 36 itens de comportamento, classificando cada item, como “agressão” e/ou, “indisciplina” e/ou como “outra”. Resultados: Agressão e violência entre crianças na escola, nas concepções das professoras, são atos de natureza física ou verbal inflingidos aos colegas com a intenção de feri-los ou atingi-los. Mesmo um mau comportamento como insolência, por exemplo, é visto antes como indisciplina do que como agressão. Na estrutura e no ambiente familiar, principalmente, estão os fatores da violência, assim como do mau e do bom comportamento da criança. Nenhuma menção foi feita a fatores de desenvolvimento. A noção de inatismo permeia as concepções das professora. A influência nefasta do comportamento agressivo da criança sobre o seu desempenho escolar e sobre outras crianças é claramente reconhecido. Quanto às diferenças de gênero as professoras não são unânimes e houveram as que afirmaram não haver diferença entre meninos e meninas no quesito agressão e violência. Os resultados da lista para assinalar mostram que, entre os itens listados, ameaça é o único tido como agressão por 100% das professoras, e que o critério para a classificação dos itens parece ter sido o de maior ou menor aproximação das características do tipo ou natureza dos comportamentos. Os de natureza física
tiveram quase a totalidade das indicações de agressão, depois do item ameaça.

Palavras-chave: Agressão, criança, escola, concepções de professores.
Tipo Defesa-Mestrado
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