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Aluno(a) |
Marcelo Augusto Totti |
Titulo |
Ciência e educação no pensamento de Alberto Torres, Fernando de Azevedo e Florestan Fernandes: das rupturas paradigmáticas à análise retórica |
Orientador(a) |
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Data |
09/04/2009 |
Resumo |
O trabalho que ora apresentamos tem como objetivo analisar a concepção de ciência no
pensamento educacional brasileiro, tendo como base três gerações de intelectuais com
reconhecida contribuição no campo educacional: Alberto Torres, Fernando de Azevedo e
Florestan Fernandes. Esses autores consolidaram interpretações teóricas, científicas sobre os
fenômenos educacionais. Alberto Torres esteve preocupado em organizar a República; a
educação era um fator de organização nacional, mantendo o homem no meio agrícola, devido
à fatalidade geográfica e histórica do país. Torres alicerçou as bases de seu pensamento no
positivismo comteano, adaptando-a à realidade brasileira, pretendendo um país soberano e um
Estado forte. Fernando de Azevedo procurou dar moldes científicos aos estudos educacionais;
a ciência proposta é teórica, utiliza Durkheim, mas recontextualiza-o, dando uma nova
interpretação dos fatos sociais, que na sua visão são múltiplos e diversos, e as ciências
humanas calcadas nesta visão devem ter como premissa a imprevisibilidade dos
acontecimentos humanos. Florestan rearticula o pensamento de seus predecessores,
estabelecendo novos parâmetros do proceder científico, em que estão presentes o
planejamento, a racionalidade, a previsibilidade e a intencionalidade. Denominamos as
mudanças ocorridas como rupturas paradigmáticas, ocasionadas através de conflitos. O que
torna a concepção de Florestan hegemônica é o fato de o sociólogo constituir uma escola de
pensamento. Observamos, ainda, que essas mudanças não são apenas teóricas; Florestan
utiliza técnicas retóricas como a dissociação de noções e a petição de princípio no intuito de
persuadir e convencer o seu auditório para que sua visão de ciência torne-se hegemônica. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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