UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Escolar

Aluno(a) Maria de Fátima Sartori de Carli
Titulo O Professor e sua formação: O impacto do PEC - formação universitária - ao professor da pessoa
Orientador(a)
Data 27/08/2007
Resumo Como os programas de formação continuada repercutem na trajetória profissional do professor em exercício? Esta pergunta conecta-se a outras questões que buscam compor o quadro de formação em que os professores são inseridos, com a intenção de se perceber de que forma os professores são co-autores do próprio processo formativo, uma vez que eles são os principais responsáveis pela própria formação (Nóvoa). O ponto de partida é de que os professores em exercício trazem em suas trajetórias conhecimentos e vivências que devem ser considerados para a elaboração de programas de formação que a eles se destinam. De outro modo, a impressão que fica é a de que os programas de formação se constituem em um eterno recomeçar e que os professores são vazios de conhecimentos (Candau). Para compor esse quadro tomo como referencial teórico, sobretudo, Torres, Nóvoa e Tardiff. O caminho metodológico escolhido para dar conta da pesquisa foi o de cunho qualitativo, à luz dos estudos de Bardin, para desvelar a intenção do conteúdo das respostas manifestadas pelas professoras à entrevista semi-estruturada a que foram submetidas. Entre O Velho e o Novo, Mudanças e Permanências – sob esse título são apresentadas algumas considerações, ainda que provisórias, sobre os avanços e recuos do programa de formação paulista. Como avanço, o PEC – Formação Universitária apresenta as vivências educadoras, que consistem num movimento espiral entre a teoria e a prática, desenvolvidas nos últimos seis meses do programa, o que em parte inviabilizou que todos os professores alcançassem a intencionalidade desse movimento. Contudo são inegáveis as contribuições das vivências educadoras. Elas representam um avanço na concepção dos processos formativos. Como recuo (na verdade não acredito que esta seja a designação correta, visto que pela colocação dos professores, nem mesmo se caminhou) destaca-se o fato de os professores continuarem a não ser ouvidos durante a concepção dos programas de formação a eles destinados e, por outro lado, a constatação de que enquanto a formação dos professores permanecer tutelada à academia e ao Estado, os professores não desenvolverão a autonomia em relação ao seu processo formativo. A generalização desta pesquisa é factível a partir do momento em que se rompa com as certezas, principalmente a de que uma formação de qualidade é garantida nos bancos universitários e que o professor é ouvinte do próprio processo formativo. O discurso que 8 afirma ser o professor “um produtor de conhecimento” está desgastado pelo uso e, muito mais do que se configurar em uma realidade aceita pelas universidades, especialistas e ensaístas, tornou-se um slogan que precisa ser superado.
Palavras-chave
Professores – Formação Continuada – Trajetória Profissional – Impacto da Formação
Tipo Defesa-Mestrado
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