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Aluno(a) |
Gisele da Paz Nunes |
Titulo |
O aproveitamento da ordem de aquisição das sílabas nas cartilhas adotadas no município de Catalão - GO |
Orientador(a) |
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Data |
31/07/2006 |
Resumo |
É objetivo desta tese verificar se a aquisição dos padrões silábicos no processo escolar de alfabetização, no que se refere à ordem de emergência desses padrões, reflete ou não a ordem de aquisição desses padrões na linguagem oral.
A ordem de aquisição dos padrões silábicos na escrita foi verificada a partir de um corpus composto de seis cartilhas adotadas no município de Catalão-GO (A toca do tatu, Língua e linguagem, Português: uma proposta para o letramento, Viver e aprender, Palavra em contexto e Nosso mundo) por ser este o instrumento de uso mais comum dos professores de Catalão-GO para ensino de língua escrita.
Estruturalmente, esta tese se subdivide em quatro seções. A primeira trata de questões mais gerais sobre a alfabetização, em que discutimos também um pouco de história da cartilha, seu método e as expectativas do governo em relação à alfabetização no Brasil. Na seção 2, versamos sobre sistemas de escrita e ortografia. A terceira seção se ocupa das teorias fonológicas sobre a sílaba, necessárias para a análise das cartilhas que é feita na seção 4.
Na conclusão de nosso trabalho, afirmamos que os trabalhos e pesquisas de aquisição dos padrões silábicos do português, tanto do brasileiro quanto do europeu, apontam uma ordem natural de emergência desses padrões na aquisição da fala que é seguida, com raras e não significativas diferenças, pelas cartilhas por nós pesquisadas. Assim sendo, os métodos que dão suporte aos livros didáticos analisados, todos calcados no conceito de sílaba ou métodos que empregam o bá-bé-bi-bó-bu, deveriam ser eficazes, uma vez que se baseiam em uma ordem natural de aquisição de padrões silábicos. No entanto, o que verificamos é que a origem do fracasso dos métodos não pode estar na ordem de apresentação dos padrões silábicos pelas cartilhas, já que os livros didáticos de alfabetização seguem uma metodologia baseada no conceito de sílaba e adotam uma ordem de apresentação dos padrões silábicos que não difere da ordem natural de emergência desses padrões na fala.
Enfim, sendo o nosso sistema de escrita de base alfabético-fonológica, sem qualquer referência à sílaba como unidade, verifica-se um descompasso entre o sistema de escrita e o método escolar que se propõe a ensinar esse sistema, pois as cartilhas optam, preferencialmente, pelo método do bá-bé-bi-bó-bu (Cagliari, 1999a), isto é, por um modelo silábico.
Palavras-chave: sílaba, cartilhas, alfabetização, fonologia, fonética. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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