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| Aluno(a) |
Arnaldo de Oliveira Barreto Junior |
| Titulo |
Tijolo com tijolo numa construção de sujeitos: o discurso do sujeito trabalhador na obra musical de Chico Buarque de Hollanda durante a ditadura militar |
| Orientador(a) |
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| Data |
19/11/2004 |
| Resumo |
Esta dissertação de Mestrado teve como objetivo analisar, sob a ótica da AD francesa, os discursos do sujeito-trabalhador, na obra de Chico Buarque de Hollanda, registrados durante os vinte e um anos de ditadura militar (1964-1985). Para tanto foi delimitado um corpus que versasse exclusivamente sobre a questão do trabalhador, e colocado em contraste aos discursos hegemônicos e monolíticos do Estado da época, numa régua de tempo, apresentando, cronologicamente, a voz dos governos militares e as outras encontradas na obra buarquiana. Teve como arcabouço teórico o pensamento do filósofo francês, Michel Foucault, o que permitiu a investigação acerca da formação dos sujeitos distintos encontrado no corpus. Alguns outros tópicos dos teóricos Michel Pêcheux e Mikhail Bakhtin também foram de valia inquestionável ao trabalho. A obra de Chico Buarque, de riqueza inquestionável, diante da censura e do controle social, permitiu o nascimento de um contra-discurso responsável pela nomeação de Chico Buarque ao patamar de porta-voz social, especialmente por dois motivos: por sua capacidade de lapidação das palavras, atribuindo-lhes um valor ainda mais visceral; por apresentar em suas canções sujeitos do poder que promovem, sobretudo na época, uma relação de contra-golpe à censura. Concluímos, ao término do estudo, que a função sujeito-trabalhador perde seu papel a partir do instante em que as condições econômicas capitalistas transformam os sujeitos, cada vez mais, em não-pessoas e, por sua vez, cada vez mais em efeitos do poder, exatamente como dissertou Foucault em vários escritos, frutos de suas análises. O sujeito-trabalhador está morto, pela disciplina e pela sociedade de controle. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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