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| Aluno(a) |
Sandra Raquel de Almeida Cabral |
| Titulo |
Imagem de professor: uma análise discursiva das propostas oficiais para a formação de professores dos anos noventa |
| Orientador(a) |
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| Data |
27/08/2004 |
| Resumo |
Neste trabalho objetivamos analisar a imagem de professor nas propostas oficiais de formação de professores nos anos noventa, procurando observar como as palavras do Outro se materializam nos documentos oficiais e verificar como esses discursos se constituem nos textos analisados. Teoricamente não nos detemos somente em uma teoria e nem nos prendemos a um único autor, buscamos compreender o nosso objeto de estudo, baseando-nos em alguns conceitos teóricos da Análise do Discurso, como os de formação imaginária (Pêcheux, 1997a), formação discursiva (Foucault, 2000) e gênero do discurso (Bakhtin, 2002), bem como trabalhamos com uma abordagem semântico-pragmática, com os conceitos de atos de linguagem e com o uso dos operadores argumentativos. Pelo viés da Educação procuramos entender a instituição/universidade e o contexto político no qual essa instituição está inserida apoiando-nos em autores como Chauí, Paoli e Hardt e Negri. A constituição do corpus se deu por meio da seleção de artigos presentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases e em documentos oficiais que discutem a formação de professores. Foi possível perceber que os princípios que fundamentam a universidade brasileira, como a autonomia, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão previstos na Constituição Federal, nos anos noventa passou por um processo de desgaste, afetados por fatores sócio-político e econômico. Com isso podemos dizer que os documentos oficiais apontam para um sistema que propõe universidades para pesquisa e centros universitários, faculdades, escolas superiores para ensino. A imagem do professor que se desenha nas políticas oficiais dos anos noventa é de um professor-profissional, que se envolve com a educação de seus alunos, rompendo com a imagem de professor como missionário, sacerdote, como na concepção conservadora de ensino. Quando os documentos oficiais propõem uma nova concepção de professor, percebemos no modo de dizer do enunciador marcas negativas sobre a atuação do professor, da escola e dos cursos de formação de professores. Acreditamos ter chegado ao limiar de nossos objetivos, ou pelo menos idealizamos que foi o de contribuir com uma discussão de temas com relevância político-social. Esperamos que essas reflexões possam colaborar de forma positiva para a sociedade e provocar no interior das IES uma inquietude frente aos cursos de formação de professores oferecidos neste país. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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