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Aluno(a) |
Aline Aparecida dos Santos |
Titulo |
De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Jean Cristtus Portela |
Data |
25/07/2014 |
Resumo |
A semiótica greimasiana iniciou seu percurso teórico com a proposição de uma semântica gerativa, geral e discursiva. Logo desenvolveu a sua base inicial: o percurso gerativo de sentido. Neste trabalho, empreendemos um estudo desse desenvolvimento que se inicia com as influências estruturais e formalistas, passa pela consolidação do modelo de aplicação da semiótica narrativa e, então, culmina com as mudanças que fazem com que a semiótica dos anos 1980 não seja mais a mesma da década de 1960. Buscamos na Historiografia Linguística a metodologia para nos respaldar nesse percurso que foi traçado em três etapas: a primeira, sobre as origens da semiótica narrativa, com a retomada dos estudos de V. Propp e de Lévi-Strauss; a segunda etapa, sobre a cronologia das obras greimasianas partindo da Semântica estrutural (1966) até Du Sens II (1983); e a terceira etapa, na qual buscamos compreender os impasses da teoria em pelo menos três questões levantadas e discutidas pelo filósofo P. Ricur: (1) sobre a lógica das conversões entre os níveis profundo e superficial, (2) a questão da temporalidade e (3) sobre a semiótica ser uma teoria interpretativa, ou seja, não somente explicativa, mas também compreensiva. Dessa forma, compreendemos que Greimas partiu dos estudos narratológicos de Propp e dos estudos do mito de Lévi-Strauss e definiu os elementos que tornaram a semiótica narrativa um paradigma cientifico. Esse paradigma, no entanto, não permanece restrito às suas características iniciais. E é a partir das questões ricoerianas que correspondem a alguns dos impasses que o paradigma apresentou que pudemos compreender seu percurso de desenvolvimento e mudança.
Palavras chave: Semiótica narrativa. Epistemologia. Propp. Greimas. Ricur.
ABSTRACT
Generative Greimassian semiotics began its theoretical path with the proposal of a generative, general and discursive semantics. Its pillar was soon developed: the generative trajectory of meaning. We carried out a study of this path of development, which begins with the structural and formalist influences, taking in the consolidation of the model of application of narrative semiotics, and culminating with the changes that have led to Semiotics of the 1980s being different from what it was in the 1960s. We adopted the Linguistic Historiography and methodology as bases of this path, outlined in three stages: the first one, on the origins of narrative semiotics, with the return to the studies of V. Propp and Lévi-Strauss; the second stage about the chronology of the Greimassian works, starting with Structural Semantics (1966) until Du Sens II (1983); and the third stage, in which we sought to understand the impasses of the theory in at least three questions raised and discussed by the philosopher P. Ricur: (1) the logic of the conversions among the deep and the surface levels; (2) the temporalization and (3) Semiotics as an interpretive theory, i.e. not merely explanatory, but also comprehensive. Thus, we understand that Greimas started from Propps narratological studies and the studies on the myth, by Lévi-Strauss, defining the elements that made the narrative semiotics one scientific paradigm. This paradigm, however, does not remain restrict to its initial characteristics. Therefore, from the ricoeurian questions, which correspond to some impasses showed by the paradigm, we could understand its path of development and change.
Keywords: Narrative semiotics. Epistemology. Propp. Greimas. Ricur. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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