UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Marila Cunha da Silva Falcão
Titulo UMA CARACTERIZAÇÃO DAS ORAÇÕES ADJETIVAS NA LÍNGUA FALADA CONTEMPORÂNEA DA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Orientador(a)
Data 13/05/2002
Resumo Considerando-se que as orações adjetivas permitem introduzir no discurso uma qualificação- ou se quisermos, uma predicação- acerca de uma ou mais entidades envolvidas na referência desse discurso, é nosso objetivo verificar se essas orações devido a estas especificidades se distinguem das demais subordinadas ou se apresentam traços comuns a estas. O objetivo deste trabalho é verificar quais são os pronomes relativos mais utilizados na elaboração de uma oração adjetiva, se a mesma equivale a um mero adjetivo sendo, neste caso, prioritariamente formada por um verbo de estado, ou ainda, se ela é tão dependente da oração principal que "copia"o tempo e modo verbais da oração a que se subordina ou tem tempo e modo próprios. Para tal estudo, utilizamos um corpus composto por 15 inquéritos da língua falada da região central do Estado de São Paulo, com informantes de faixa etária e níveis de escolaridade diferentes. A análise estatística dos dados foi efetuada com apoio do pacote computacional VARBRUL. Com o resultado, verificou-se que o pronome relativo mais utilizado no corpus de língua falada analisado foi o que (98,8% - 664/672) e ainda, em posição imediatamente posterior ao termo a que se refere (87% - 578/664). Verificou-se também que a oração adjetiva é, de certo modo, dependente da principal no que diz respeito ao uso do tempo e modo verbais, tendendo a "copiar" o tempo e modo verbais da oração a que se liga (64% - 434/672). Observou-se ainda que, independentemente do pronome relativo que introduz a oração adjetiva, há uma tendência a utilizar mais os verbos de estado (49,3% - 331/672) do que os demais tipos. Com relação aos fatores sociais, constatou-se que o grau de escolaridade mais alto (3° grau incompleto) tende a utilizar mais as orações adjetivas (66,5% - 331/672) e que a faixa etária que corresponde a falantes de 22 a 35 anos é a que mais utiliza a oração adjetiva 59,5% (400/672), e ainda, são os falantes que mais a introduzem com o relativo onde 62,5% (5/8).
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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