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| Aluno(a) |
Maria Francisca Ribeiro de Araújo Santo Orcer |
| Titulo |
VARIAÇÃO DITONGO/MONOTONGO NO PORTUGUÊS DE CAXIAS-MA |
| Orientador(a) |
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| Data |
11/07/2002 |
| Resumo |
Esta tese discute a monotongação dos ditongos decrescentes orais [aI
], [eI
]
e [oU
] na pronúncia de falantes nativos da cidade de Caxias (MA), à luz da
Teoria da Variação (Sanko, 1988; Labov, 1972a,b, 1994; Chambers, 1995;
Brasil & Scherre, 2000), das propostas fonológicas recentes, desenvolvidadas
no âmbito da Teoria da Sílaba (Bisol, 1989, 1989, 1994, 1999a,b), da Fonologia
Lexical (Kiparsky, 1982, 1985, 1988, 1995) e da Teoria da Otimidade
(Prince & Smolensky, 1993; Archangeli & Langendoen, 1997; Kager, 1999;
McMahon, 2000, entre outros).
Nesta investigação, analisamos os fatores, lingüísticos e socias, correlacionados
ao processo de monotongação dos ditongos focalizados. Buscamos
evidências de como a mudança está se implementando no léxico, se de acordo
com os princípios Neogramáticos ou difusionistas e de como este fenômeno
pode ser explicado, do ponto de vista fonológico. Foram analisados 4.623
dados, correspondentes a 36 entrevistas, realizadas junto a informantes caxienses
natos, seguindo os princípios básicos da metodologia sociolingüística
(Labov, 1972a,b, 1994; Tarrallo, 1994a,b; Mollica, 1998).
De acordo com as análises variacionistas, os grupos de fatores não são
conclusivos com respeito à implementação do fenômeno. Por um lado, os
dados fornecem evidências a favor da proposta dos neogramáticos e, por
outro lado, apontam indícios de difusão lexical.
Através da Fonologia Lexical foi possível estabelecer uma conexão entre
as mudanças difusionistas e as regras lexicais, bem como entre as mudanças
neogramáticas e as regras pós-lexicais, por meio da qual temos notado que
as mudanças de natureza neogramática (= pós-lexicais) podem se tornar
difusionista (= lexicais) ao longo do tempo.
Na perspectiva da Otimidade, o fenômeno de monotongação dos ditongos
em estudo envolve a distinção de dois tipos de falantes, (i) os que aplicam
estratégias que privilegiam a relação de Fidelidade entre input e output, em
detrimento da realização da sílaba ótima CV, e (ii) aqueles que não adotam
tais estratégias, privilegiando a Boa Formação sobre a Fidelidade (cf. Kager,
1999). Esses últimos falantes preferem apagar o glide em prol do padrão
ótimo CV; esta é a tendência majoritária na fala caxiense. |
| Tipo |
Defesa-Doutorado |
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