UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Fernanda Fernandes Pimenta de Almeida Lima
Titulo (Re)Significações da mulher política na mídia: memória, corpo, territorialidade
Orientador(a)
Data 06/05/2011
Resumo Com o objetivo de refletir sobre o que impinge os discursos e os acompanha na dinâmica (re)significação midiática da mulher, esta tese tem como objeto de investigação discursos sobre mulheres políticas, enquanto acontecimentos históricos e midiáticos. Nesse sentido, esta pesquisa, organizada em quatro capítulos, sustenta-se em três eixos de discussões sobre a produção de subjetividades – a memória, o corpo, a territorialidade –, que são constitutivos dos discursos que situam a mulher na história e produzem sua espetacularização na política. Com base nos postulados da Análise do Discurso francesa e, principalmente, sob a ótica dos estudos de Michel Foucault, investigamos como a mídia produz, em diferentes práticas discursivas, um dispositivo de poder que reserva à identidade da mulher política lugares vigiados, presos à esfera da vida privada em sua intersecção com a vida pública. A partir de discussões sobre as identidades na modernidade tardia, analisamos a presença das mulheres na cena política, enquanto lugar de memória e, portanto, de enunciabilidade na longa duração da história. Outrossim focalizamos a visibilidade do corpo feminino em sua articulação com a espetacularização nos discursos sobre mulheres políticas, discutindo como ele intercala um diálogo com a história nos discursos midiatizados sobre a mulher política, e como estes, enquanto dispositivos de poder, constituem uma existência que justifica uma dissimetria entre os sexos, forjando identidades de gênero. À memória e ao corpo acrescenta-se, em nossas análises, a observação de que a territorialidade e o imaginário sobre o Nordeste brasileiro se estendem e se reproduzem nos enunciados sobre mulheres políticas nordestinas a partir de uma regularidade/dispersão de sentidos que conduzem suas identidades a um lugar de pertencimento. Esses movimentos analíticos mostraram que os enunciados colonizam a emergência histórica da mulher política e suas formas de visibilidade, a partir de práticas culturais e de processos de regionalização inscritos nas relações de poder estabelecidas em diferentes instâncias do discurso midiático.

Palavras-chave: Discurso, Mulher política, Memória, Corpo, Territorialidade.
Tipo Defesa-Doutorado
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APG 2.0
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