UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Maísa Jussara Martins
Titulo Estudo acústico da pronúncia de pares mínimos vocálicos do inglês por falantes nativos, professores brasileiros e alunos de nível intermediário e avançado
Orientador(a)
Data 15/03/2011
Resumo O presente trabalho de mestrado designa um estudo acústico de pronúncia, que tem como principal objetivo verificar e analisar, por meio de registros de fala de professores brasileiros, de alunos de língua inglesa em nível intermediário e avançado, e de falantes nativos americanos, a maneira como estes indivíduos realizam os pares mínimos vocálicos /i/ e /I/, /E/ e /Q/. O primeiro critério de análise foi a aplicação de um questionário aos alunos participantes; por meio dele, foi possível definir a atuação desses sujeitos como alunos de inglês e encaixá-los aos níveis de proficiência determinados pela escola onde os dados foram coletados. Com relação aos critérios acústicos, foram utilizados parâmetros fundamentais, a saber: o valor das freqüências de F1 e F2 das vogais produzidas pelos sujeitos participantes, sendo possível verificar o movimento de avanço / recuo e levantamento / abaixamento do corpo da língua durante a articulação dos segmentos; a diferença formântica entre F1 e F2, parâmetro que melhor define o grau de posterioridade de um som vocálico; e, por fim, a duração dos segmentos, parâmetro acústico essencial para a distinção entre vogais analisadas. Sobre a metodologia de pesquisa, foram gravados 28 sujeitos: dois americanos nativos, dois professores brasileiros de inglês e 24 alunos brasileiros de uma escola de idiomas localizada em São José do Rio Preto (SP). Foi pedido para que cada indivíduo repetisse os pares de palavras cheap / chip e bag / beg três vezes (nesses vocábulos, realizam-se as vogais /i/ e /I/, /E/ e /Q/). Por meio das gravações, foi possível realizar a medição da freqüência dos formantes F1 e F2 das vogais produzidas por eles, bem como a medição da duração de cada som vocálico. A repetição por três vezes dos pares mínimos foi solicitada porque não foram utilizados, para a análise dos dados, os valores absolutos dos formantes e da duração em cada repetição; na verdade, esses valores absolutos (em cada vogal) foram somados e em seguida divididos por três, a fim de se obterem suas médias aritméticas. Desse modo, foram considerados, para a análise dos dados, os valores mediais dos segmentos vocálicos. Concluiu-se que os professores brasileiros fazem distinção entre as vogais por meio dos parâmetros acústicos analisados aqui, sendo que sua pronúncia aproxima-se ao de falantes nativos. Por outro lado, verificou-se que, de maneira geral, os aprendizes brasileiros, tanto os de nível intermediário quanto os de avançado, não reconhecem a distinção acústico-articulatória entre as vogais inglesas estudadas. Certamente, esse resultado reforça a idéia de que é preciso incorporar a fonética às aulas de línguas estrangeiras. Nesse sentido, faz-se de extrema importância ensiná-los a existência dessas diferenças desde o início da aprendizagem, nas aulas de nível básico. Por fim, a realização deste estudo e os resultados obtidos conferem à acústica enorme contribuição à pesquisa em ensino de línguas.

Palavras-chave: Língua inglesa. Falantes brasileiros. Ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras. Acústica. Pares mínimos vocálicos.
Tipo Defesa-Mestrado
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