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Aluno(a) |
Ana Maria Costa de Araújo Lima |
Titulo |
Relações hipotáticas adverbiais na interação verbal |
Orientador(a) |
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Data |
07/11/2002 |
Resumo |
Este trabalho investiga a hipotaxe adverbial no português brasileiro, tendo como objeto de análise um corpus de língua falada (conversação). Apóia-se teoricamente em diversos estudos de base funcionalista (Halliday, 1985; Dik, 1989, 1997; Mathiessen e Thompson, 1988; Hopper e Traugott, 1993), cujo postulado básico é o de que a organização dos enunciados, pelo falante, visa a atender a seus propósitos comunicativos, os quais não existem a priori, mas emergem na interação verbal.
A hipotaxe adverbial é definida, em consonância com Halliday (1985), como um dos mecanismos de articulação de orações pelo qual uma oração modifica (qualifica) a outra, por acrescentar-lhe dados circunstanciais. Dessa forma, distingue-se da subordinação ou encaixamento, em que uma oração é termo da outra. Segundo Dik (1989, 1990), a hipotaxe adverbial configura-se como uma construção em que uma oração satélite acrescenta informações a uma oração nuclear. Essa relação núcleo-satélite é, de acordo com Mathiessen & Thompson (1988), similar às relações retóricas que organizam o texto.
A pesquisa aqui realizada evidenciou que a hipotaxe adverbial é um dos recursos preferencialmente utilizados na conversação, e cumpre, nesse gênero textual, variadas funções, todas elas diretamente relacionadas aos papéis sociais do falante e do ouvinte.
Confirma-se, então, a hipótese de que a hipotaxe adverbial, na conversação, tem motivações de natureza interacional, estando a serviço da função interpessoal da língua (Halliday, 1985). |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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