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Aluno(a) |
Juliana Regina Dias |
Titulo |
"QUE NEM: um estudo do processo de gramaticalização" |
Orientador(a) |
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Data |
15/04/2011 |
Resumo |
Este trabalho tem como proposta realizar uma discussão sobre um dos diferentes tipos de processo que estruturam a mudança lingüística e que faz parte dos princípios da Lingüística Funcional: a gramaticalização, valendo-se, para isso, de um estudo reflexivo sobre as possíveis funções que a construção que nem está assumindo no discurso oral, pois ao deixar de apresentar uma autonomia sintático-semântica, torna-se uma única expressão, sendo usada em estruturas sintáticas de comparação, de exemplificação, de conformidade, além de atuar como marcador discursivo em determinados contextos. Para isso, foi realizado um estudo sincrônico, analisando-se ocorrências de uso da língua em situações reais de comunicação na modalidade falada no interior do Estado de São Paulo. Deve-se dizer que o estudo baseou-se na idéia de que a gramática de uma língua é, segundo Hopper (1993), sempre emergente, pois estão sempre surgindo novas funções/valores/usos para formas já existentes. Assim, a gramaticalização, segundo ele, poderia ser definida como um processo por meio do qual alguns elementos de conteúdo lexical se desenvolvem, no decorrer do tempo, e se tornam elementos gramaticais e, se gramaticais, passam a mais gramaticais ainda, revelando-se o caráter não estático das línguas. Portanto, essa pesquisa busca confirmar a hipótese de que a significativa variedade de realizações do que nem mostra que essa construção está sofrendo o processo de gramaticalização e que a mudança na língua não é, segundo Coseriu (1979), alteração ou deterioração, mas reconstrução, renovação do sistema, pois assegura a sua continuidade e o seu funcionamento.
Palavras-chave: Gramaticalização. Funcionalismo. Comparação. Exemplificação. Conformidade. Marcador discursivo. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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