UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Lingüística e Língua Portuguesa

Aluno(a) Luiz Gonzaga de Andrade
Titulo Análise crítica dos conectivos coordenativos
Orientador(a)
Data 07/05/2001
Resumo A maioria dos autores que trabalham com a gramática tradicional, exceção feita a Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, 37 ed. rev. e ampl. - Rio de Janeiro: Lucerna, 1999, 669 p.), não chega a definir e delimitar claramente os coordenativos. A distinção que fazem entre conjunções coordenativas e subordinativas é bastante criteriosa, mas não conseguem separar conjunções coordenativas de conectivos que, na verdade, são advérbios oracionais. Conseqüentemente, suas exemplificações, após cada classe de conjunções coordenativas, são ilimitadas, terminando por um etecétera.
Adotando os critérios da coocorrência e da comutação para fazer o levantamento dos coordenativos do português, chego ao resultado, salvo melhor juízo, de que são cinco e não três os coordenativos do português: e, mas, ou, logo e pois. Diferenças há entre esses cinco coordenativos. Imprescindível é que os critérios básicos não sejam desobedecidos: 1) Não coocorrerem entre si; 2) poderem ocupar a mesma posição numa estrutura; 3) posicionarem-se sempre entre os elementos que unem; e, 4) conectarem apenas elementos do mesmo nível ou do mesmo valor funcional dentro do enunciado. Além disso, parece-me oportuno registrar que não incluir os advérbios oracionais entre as conjunções coordenadas é lição antiga na gramaticografia da língua portuguesa. Entre nós, brasileiros, Maximino Maciel ( 1865 - 1923), na última revisão da sua Gramática Descritiva, já as considerava advérbios, dada a facilidade com que se deslocavam nas orações, aparecendo em várias posições, o que lhes tirava o caráter de conectores. Percebeu ele, naquela época, que tais advérbios marcam relações textuais e não desempenham o papel de conector das conjunções coordenadas, apesar de alguns manterem com elas certas aproximações ou mesmo identidades semânticas.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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