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Aluno(a) |
Ana Lúcia Furquim de Campos |
Titulo |
Da pausa que refresca...ao prazer de viver! O discurso publicitário da coca-cola |
Orientador(a) |
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Data |
13/06/2003 |
Resumo |
Com base nas reflexões de Mikhail Bakhtin e nos estudos semióticos, principalmente no que tange ao percurso passional do sujeito, analisamos propagandas impressas e comerciais televisivos da Coca-Cola. O objetivo principal é traçar a trajetória discursiva da Coca-Cola desde sua entrada no Brasil, em 1941, até os dias atuais, assim como analisar a relação intersubjetiva dos sujeitos da enunciação nos textos. O trabalho está dividido em três capítulos: intertextualidade e interdiscursividade, gênero do discurso publicitário, em especial, o da Coca-Cola e, por último, tempo e espaço na construção de sentido das propagandas. No primeiro capítulo, verificamos que a Coca-Cola dialoga com outros textos e discursos, ora aceitando-os, ora modificando-os. Aceitam-se discursos consagrados e que apresentam valores positivos como alegria, emoção e prazer. Entretanto, eliminam-se valores negativos presentes nesses textos ou discursos. Ocultam-se também interditos, como: Coca-Cola engorda e vicia, é um produto norte-americano e industrializado, portanto, não natural. No segundo capítulo, analisamos o gênero do discurso publicitário da Coca-Cola e seu estilo. A construção do estilo Coca-Cola está estruturada nos aspectos temáticos voltados para os estados passionais eufóricos (paixão, emoção, alegria), ligados a uma construção composicional feita com slogans concisos e repetíveis. A Coca-Cola reforça a idéia de que está presente em todo tempo e lugar. Assim, as categorias espaço-temporais - assunto de nosso terceiro capítulo - são elementos importantes para a construção de sentido das peças publicitárias. Reafirmando os mesmos valores e mantendo as categorias cronotópicas para a construção de sentido de suas propagandas, a Coca-Cola consolida a idéia de onipotência, ou seja, ela tem o "poder" de refrescar, trazer alegria, provocar emoção e satisfazer prazeres. Cria-se, assim, uma identidade calcada em categorias divinas: eternidade, onipresença e onipotência. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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