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Aluno(a) |
Cássia Regina Coutinho Sossolote |
Titulo |
A recepção do discurso alegórico da fábula |
Orientador(a) |
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Data |
25/04/2003 |
Resumo |
A tese intitulada A recepção do discurso alegórico da fábula tem como objetivo compreender o modo de organização e funcionamento do gênero fabular. Para entender como se organizam as relações entre personagem, tempo e espaço nos textos denominados pela crítica como fábula, realizamos entre os licenciandos da Prática de Ensino de Grego e Latim, da Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara, que cursaram essa disciplina no período compreendido entre 1999 e 2002, um tipo de atividade que exigiu desses leitores o reconhecimento da intenção de comunicação expressa nos textos fabulares, que constituíram nosso corpus, sem que eles tivessem a possibilidade de recorrer a moralidade das "fábulas originais". Pôde-se observar que, a despeito das narrativas fabulares apresentarem personagens definidos comumente como se se tratassem de animais antropomorfizados, a atividade de reconhecimento da intenção comunicativa da fábula veio mostrar que a narrativa fabular refere-se a homens e não a outros objetivos discursivos, ficando para ser explicado, na seqüência, porque se constrói no espaço da narrativa personagens com propriedades humanas e propriedades não-humanas. Como a fábula constitui um tipo de prática discursiva na sociedade contemporânea, concluiu-se que as propriedades não-humanas dos personagens da fábula estão ligadas aos contextos enunciativos que exigem a indefinição dos personagens por meio da figura de bichos, personagens não-humanos predominantes nas narrativas fabulares. A indefinição de tempo e espaço na fábula servem aos mesmos propósitos: auto-proteger o indivíduo que se apresenta como responsável pelas textos fabulares. Os dados coletados nos permitiram, ainda, dialogar com a Crítica Literária que definiu as propriedades desse gênero de discurso. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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