|
|
Aluno(a) |
Marcos Lúcio de Sousa Góis |
Titulo |
De como a Raposa encontrou a Serra do Sol: discurso, memória e identidades |
Orientador(a) |
|
Data |
26/02/2007 |
Resumo |
Nesta pesquisa, procura-se tratar, como tema geral e por meio de fundamentos teórico-metodológicos da Análise do Discurso de orientação francesa, de discursos que tratam de demarcação de terras indígenas no Brasil. Precisamente, o objetivo foi compreender o Relatório de Lindberg Farias sobre a demarcação da Raposa Serra do Sol, localizada no estado de Roraima. Para compreender os discursos aí presentes, ficou definido, após observar o conjunto de textos que deu origem ao corpus e após estudar a literatura desta investigação, que se trabalharia os discursos a partir do seguinte efeito de veracidade na demarcação dessa reserva: de um lado, postulou-se a existência de um conjunto de dizeres que se assentam na lógica ocidental capitalista (dita hegemônica ou colonialista) e, de outro, outras lógicas, chamadas contra-hegemônicas: ecológicas, indígenas, feministas, para citar apenas alguns exemplos. Durante a investigação tratou-se de investigar também a relação entre poder-saber na construção de identidades. Desejou-se compreender a produção de verdade que envolve enunciados sobre a demarcação da Raposa Serra do Sol, sabendo que a verdade é um efeito produzido pelos conflitos constitutivos de todas as relações de poder. Assim, buscou-se investigar o que está envolvido no acontecimento discursivo demarcação da Raposa Serra do Sol, considerando que "o novo não está no que é dito mas no acontecimento de sua volta", segundo Foucault (1996, p. 26). Por fim, com o desejo de redesenhar investigações futuras, o que significa novas propostas de trabalho, abordaram-se o discurso colonial e o discurso pós-colonial, a partir dos pressupostos de Boaventura de Sousa Santos.
Palavras-chave: Discurso; Demarcação de terras Indígenas; Memória; Identidades; Colonialismo e pós-colonialismo. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
|
|
|
|
|