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| Aluno(a) |
Henrique Junio Felipe |
| Titulo |
O ombudsman, o leitor e a leitura da Folha de São Paulo |
| Orientador(a) |
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| Data |
07/04/2005 |
| Resumo |
O objetivo deste trabalho foi analisar a concepção de leitura e de leitor de jornal presentes no discurso da Folha de S. Paulo, a partir da análise das colunas do seu ombudsman, cargo instituído com a função de representação do leitor dentro da estrutura do jornal. Coloca-se em questão tal função, ao se procurar demonstrar que o ombudsman ocupa, efetivamente, o papel de representante do jornal, emergindo de seu discurso uma concepção de leitura e de leitor correspondente àquela expressa pelo jornal em seu Manual de Redação. Orientando-se pela análise da heterogeneidade discursiva mostrada/constitutiva que afeta o discurso do ombudsman, procurou-se demonstrar que o leitor, em seu discurso, é concebido como o consumidor do produto que o jornal tem a oferecer e o ombudsman desempenha o papel didático de orientação do leitor na compreensão do jornal. Nesse papel, ele procura direcionar o leitor para a possibilidade de uma leitura transparente da realidade que o jornal apresenta, ou seja, livre de coerções político-ideológicas, uma vez que o jornal, aplicando corretamente a técnica jornalística, ver-se-ia livre de tais coerções. Seu papel, portanto, exercido em nome dessa idéia de transparência, corresponde a fiscalizar os deslizes do jornal, em relação à aplicação das técnicas, para garantir tal leitura desideologizada da realidade. Critica-se essa concepção cotejando-a com a concepção de leitura como prática heterogênea de produção de sentidos, advinda da Análise do discurso de Linha Francesa, que concebe tanto o produtor quanto o leitor do jornal como sujeitos de uma prática discursiva afetada, portanto, pelas coerções e controles que o discurso sofre em sua produção. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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