UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Juliana Heloísa Moreno Rutigliano
Titulo O discurso indireto livre: a modernidade em Madame Bovary
Orientador(a)
Data 30/06/2005
Resumo O corpus da dissertação é o romance Madame Bovary de Gustave Flaubert, um dos ícones da literatura universal do século XIX, sobre o qual já se debruçaram tantos estudiosos voltados para os inúmeros aspectos relevantes que a obra oferece como tema de análises. Escolheu-se o romance como objeto de estudo não só pela história que se conta, mas pelo modo como se conta, o que torna essa narrativa única em seu tempo, inauguradora da modernidade pelo discurso citado da personagem Emma, voz feminina solitária em seu tempo. O discurso da heroína gera múltiplos efeitos de sentido quanto à diversidade de vozes, revelando a riqueza de recursos utilizados nessa construção, além da relação sui generis entre a voz do narrador e a da personagem. Escolheram-se, como base teórica, os estudos de Bakhtin sobre a comunicação e o seu caráter dialógico e social. Serviu-nos, assim, como apoio o ensaio Marxismo e Filosofia da Linguagem, em que o teórico russo trata do discurso citado e da interação verbal, aspectos fundamentais para esta dissertação. O 1º capítulo abre o trabalho com a Fortuna Crítica, no 2º, define-se o termo “moderno” e fazem-se considerações sobre as três fases da modernidade. Após explanação sobre a teoria de Bakhtin do discurso citado, introduziu-se, no 3º capítulo, análise de excertos do romance com o intuito de mostrar-se o que a heroína verbaliza no discurso direto e no indireto, e os sonhos que ela oculta no discurso indireto livre. No 4º capítulo, procede-se à quantificação dos discursos diretos, indiretos, indiretos livres e interiores para melhor demonstrar o efeito que cada um deles surte na narrativa.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
Copyright 2014 (c) UNESP - Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara