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| Aluno(a) |
Claudia Ferreira de Paula Borges |
| Titulo |
Tem(po)esia: O tempo na poesia lírica |
| Orientador(a) |
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| Data |
20/04/2005 |
| Resumo |
Este trabalho se propõe a uma análise expositivo-interpretativa do tempo na poesia lírica, suscitada pelo texto O instante metafísico e o instante poético, de Gaston Bachelard, em que o autor teoriza sobre a verticalidade do tempo na poesia. Após leitura e análise do texto-base e da fundamentação filosófica da temporalidade, baseada em Santo Agostinho, em Bachelard e em Paul Ricoeur, procedeu-se à identificação da expressão do tempo na poesia lírica, em poemas de Carlos Drummond de Andrade. Seguindo conexões causais subjetivas, e não conexões causais objetivas do mundo exterior, a poesia estabelece uma lógica diferente da lógica comum, tentando evadir-se do processo temporal gerador de sofrimento individual ou coletivo. Através da observação dos textos poéticos, detectaram-se alguns elementos e/ou mecanismos empregados pela poesia para dar ao texto lírico um aspecto de intemporalidade: a relatividade subjetiva, a duração, a memória, a eternidade e a direção do tempo na experiência humana. Este trabalho também pretende abordar o tempo como elemento inerente ao texto poético, no seu plano estrutural, como substância da poesia e/ou do poema. Na fusão de passado, presente e futuro e na instauração da atemporalidade, a poesia resgata o passado e antecipa o futuro; funde momentos e cria a simultaneidade; evoca a eternidade, numa tentativa de driblar a aniquilação humana, a morte. A poesia, soberana e serena, a subverter o tempo do real e a satisfazer o homem em sua ânsia de infinito. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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