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Aluno(a) |
Maria Inês Pereira |
Titulo |
Villa Aurore, LÉchapppé, La Ronde: da face luminosa à face sombria do universo lecleziano |
Orientador(a) |
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Data |
26/03/2004 |
Resumo |
O objetivo deste trabalho é a análise da obra La ronde et autres faits divers, de Jean-Marie Gustave Le Clézio, com ênfase em três das onze novelas que compõem a coletânea, a saber: Villa Aurore, Léchappé e La ronde. A denominação fait divers se deve ao fato da obra englobar acontecimentos que poderiam ter sido extraídos da páginas de noticiários policiais. Na verdade, os faits divers de Le Clézio nada mais são do que pretextos para esse conjunto de novelas, verdadeiras células interligadas por acontecimentos aparentemente banais, muito presentes na sociedade das grandes metrópoles, sendo os personagens desses episódios, na maioria das vezes, jovens adolescentes marginalizados, expostos a toda sorte de violência física e moral. Nossa proposta é analisar o universo sensorial lecleziano, mostrando a face luminosa, associada à natureza e ao mito da infância perdida, e a face sombria, associada à cidade grande, ao progresso que destrói. Assim, utilizando a teoria de Greimas, retomada por Denis Bertrand em Caminhos da Semiótica Literária e O Espaço e o Sentido, mostraremos o espaço figurativizado por isotopias de vida e de morte. Em Villa Aurore e Léchappé, aparece tanto a face luminosa como a sombria, à medida que passado e presente se alternam, enquanto em La ronde, um fait divers na acepção do termo, predomina a face sombria, associada à violência da cidade. Abordaremos também a questão das fraturas ou deslumbramento, utilizando a obra Da Imperfeição, de Greimas, para mostrar a importância do que Le Clézio chama de viajar ao outro lado. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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