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Aluno(a) |
Eunice Prudenciano de Souza Moraes |
Titulo |
A orientação argumentativa em O Tronco, de Bernardo Élis |
Orientador(a) |
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Data |
30/04/2004 |
Resumo |
Esta pesquisa aborda os processos de construção de sentido em O Tronco, romance de Bernardo Élis, de 1956. As imagens, destacadas por nós, enfatizam a desproporção entre a figura do explorador e a do explorado e refletem o ponto de vista crítico de Élis acerca da política do coronelismo. Inspirado em Hegel, Bernardo Élis dividiu o romance em quatro capítulos distribuídos numa tríade: tese, antítese e síntese. Percorremos o sentido da história do romance rastreando os argumentos em que a narrativa sustenta a tríade hegeliana; dessa maneira, analisamos o romance do ponto de vista de sua contraposição fundadora: tese, antítese e síntese, e a partir dos argumentos que sustentam essa contraposição. Foi feito um levantamento dos campos semânticos que confirmam os argumentos demonstrativos da tese, os argumentos opostos da antítese e os argumentos combinados da síntese. Os campos semânticos, inventariados em nossa análise, tecem o espaço das verdades bernardianas e confirmam o fator social como determinante da estrutura dO Tronco. Consideramos o princípio ideológico-biográfico como um dos elementos estruturadores do discurso bernardiano, pois, Bernardo Élis, como homem de esquerda, optou por fazer de sua literatura arma de luta, e sua preocupação constante foi a de trazer à tona a voz daquele que é silenciado pela força do arbítrio. Dessa forma, analisamos o texto internamente, por meio de sua estrutura lingüística, e externamente, pela relação do texto com o contexto em que foi inserido, para que pudéssemos atribuir-lhe um sentido global, em que o social transparecesse no literário. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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