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| Aluno(a) |
Diana Junkes Martha Toneto |
| Titulo |
Medeia e Gota DÁgua: o diálogo entre literatura e história a partir de relações intersemióticas |
| Orientador(a) |
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| Data |
06/02/2004 |
| Resumo |
O objetivo principal da dissertação é contemplar o diálogo entre literatura e história existente em Gota DÁgua; para tanto, valemo-nos de uma breve explicação do contexto de Medéia, de Eurípedes, peça na qual a obra brasileira está baseada, sublinhando as diferenças entre ambas pelo cotejamento das relações intersemióticas que mostram que os textos são distantes historicamente, mas próximos no que concerne ao conteúdo mítico. Em seguida, a análise prossegue circunscrita à Gota d'água e discute a constituição dos atores na peça em questão, a partir do momento histórico em que foram estabelecidos e das oposições ideológicas que regem a tensividade presente ao longo do texto; a extensividade e a intensividade dessas tensões, manifestadas na realização de contratos fiduciários, permitem-nos associá-los à realidade social e econômica do Brasil. Além disso, a conexão com a realidade pode ser tratada por meio das figuras criadas para produzir ilusão referencial. O enunciador, tendo por objetivo a veridicção, reveste temas com figuras, reconhecidas por seus supostos enunciatários, como objetos do mundo real. Dessa forma, o rádio, a cadeira e a própria letra da canção, mais do que simples figuras, ancoradas em determinados espaço e tempo, passam a representar uma ligação entre forma e conteúdo e instauraram, a partir de relações tensivas, uma nova visão e entendimento do mundo. O espaço em que o rádio e a cadeira aparecem alterna-se entre o privado e o público: a casa, a oficina, a cadeira do poder, a arquibancada do estádio de futebol, o rádio de pilha. O rádio, a cadeira e a letra da canção "Gota d'água" e todo o conjunto sêmico que pode ser acionado a partir deles representam a própria voz dos moradores do conjunto habitacional da Vila do Meio-Dia, centro da ação em Gota d'água. Entre a oficina e a e a cadeira do poderoso Creonte, entre a geral e a numerada, oscila uma poética que tem por objetivo reforçar o poder da palavra e resgatar sua força para promover conscientização, transformação e justiça social, definindo um ser e um estar no mundo sustentados pela tragicidade e pela historicidade do ser humano. O trabalho será, portanto, o de identificar em todo o percurso de análise as relações entre história e literatura, entre o estético e o ético, buscando delinear os aspectos tensivos que marcam os momentos de conjunção ou disjunção de sujeitos e objetos-valores e que dizem respeito à pluriisotopia social e política existentes nos discursos examinados. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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