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Aluno(a) |
Rosana Macedo Diniz Jané |
Titulo |
As marcas do amor cortês no Romance de Amadis |
Orientador(a) |
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Data |
06/03/2003 |
Resumo |
Nosso trabalho centrou-se no estudo comparativo entre O romance de Amadis e as cantigas de amor, uma vez que as cantigas trazem em si as marcas profundas da cortesia amorosa, também recorrentes no romance, observadas no percurso do herói. Demonstramos essas marcas por meio de temas "lugares-comuns" dessa literatura, instaurados, às vezes, por meio de isotopias motívicas e figurativas.
Os criadores do código poético trovadoresco provinham das relações feudais e sua regras, que distinguiam bem as camadas sociais. No romance, esse código, ora é reiterado e transgredido, como uma metáfora dos anseios mais profundos de toda uma classe emergente: a burguesia e ora assume um caráter ambíguo, funcionando como uma espécie de distorção do código de honra, em prol de sua própria ideologia, a nosso ver, revolucionária. Era preciso escamotear o sistema vigente e, para isso, a narrativa utiliza-se da alegoria, como conseqüência dessa disposição ideológica em confrontar verdades que já não mais se compatibilizavam com aquele determinado momento da história.
A cortesia era, para o homem medieval, a expressão genuína de sua visão e experiência do mundo. Ao nosso ver, o poeta as reconstrói no romance com autenticidade, ao criar realidades que possuem a verdade de sua própria existência literária.
Se as novelas arturianas foram paradigmas de comportamento de acordo com os padrões da Igreja, em Amadis de Gaula temos outros anseios e desejos não mais relacionados aos da Instituição religiosa, mas sim, a seus próprios anseios, metáfora do que esperava toda uma sociedade emergente. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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