UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Leandra Antonelli da Silva
Titulo Fábulas de Lobato: a teoria e a prática de um gênero
Orientador(a)
Data 18/06/2003
Resumo A presente dissertação tem por objetivo mostrar como Monteiro Lobato elaborou o seu livro Fábulas, já que essa obra é estruturada como um diálogo no qual se coloca tanto a voz do adulto, quanto a voz da criança que não ouve passivamente as histórias, mas as questiona e as reinventa. Tal posicionamento dos personagens infantis representa aquilo que Lobato esperava de seu leitor real: a formação e o desenvolvimento da sua criatividade e do seu senso crítico.O modo como elaborou sua obra, apresentação dos textos das fábulas narrados por Dona Benta seguidos dos comentários dos personagens do Sítio, permite que a análise se baseie numa dicotomia, levando em consideração tanto o narrador quanto o narratário e, conseqüentemente, o autor implicado e sua proposta de interação do texto com o leitor ideal. Tanto a estrutura do gênero fábula quanto a sua prática cotidiana são resgatadas e discutidas pelas personagens. Dona Benta realiza um exercício metalingüístico ao explicar as principais características da fábula e Pedrinho, Narizinho, Tia Nastácia, Visconde e, especialmente, Emília, muitas vezes, questionam a visão estereotipada apresentada nas histórias ou fazem uma aplicação das fábulas. Ou seja, ao colocar seus personagens questionando, criticando ou até mesmo criando, Lobato incentivava seu leitor infantil a ter uma postura ativa e crítica. Fábulas não é, portanto, um livro de antologia.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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