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Aluno(a) |
Débora Racy Soares |
Titulo |
Um frenesi na corda bamba (Análise crítica da obra poética Grupo escolar de Antônio Carlos de Brito) |
Orientador(a) |
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Data |
01/08/2003 |
Resumo |
A dissertação de mestrado, em um primeiro momento, apresenta e situa o poeta Antônio Carlos de Brito. Cacaso, como era conhecido, produziu intensamente na década de setenta, participando da chamada geração marginal de poesia. Além de poeta, Cacaso era crítico de literatura, letrista e desenhista. Foi um dos principais teóricos de sua geração, que também ficou conhecida como mimeógrafo ou alternativa. Esta denominação deve-se ao modo peculiar de produção e divulgação dos livros de poesia. Os livros eram produzidos de forma artesanal, muitas vezes, rodados em mimeógrafos e distribuídos pelos próprios autores. É preciso ressaltar que a publicação e a divulgação alternativas, à margem do sistema editorial oficial, foi uma resposta ao conjunto de situações adversas reinantes no país, na década de setenta.
Em um segundo momento, nos debruçamos sobre os versos de Grupo escolar. Nas quatro lições que compõem o livro de 1974, lançado pela coleção alternativa Frenesi, o poeta procura uma voz que o identifique. No diálogo, principalmente, com a tradição modernista de 1922 e com seu momento histórico, Cacaso encontra sua voz. Costurando seus versos duplamente, estratégia poético-política, que permite ao poeta ter voz em um tempo pouco sensível a notações individuais, Cacaso passa a limpo seu aprendizado poético e o Brasil. Alguns de seus versos constroem-se, como denominamos, em dupla-fita. São versos cerzidos de forma alegórica e simbólica, simultaneamente, que nos permite vislumbrar duas costuras distintas, pontos-frestas: uma que retoma a tradição modernista brasileira, outra que a atualiza em tempos de "negros verdes anos", como diz Cacaso. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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