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| Aluno(a) |
Vagner Coletti |
| Titulo |
Eu e o grotesco: estudo sobre elementos grotescos em poemas de Augusto dos Anjos |
| Orientador(a) |
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| Data |
07/02/2003 |
| Resumo |
O grotesco aparece na poesia de Augusto dos Anjos como um elemento intensificador e transgressor. Para intensificar a agonia do ser humano frente ao destino imponderável que não faz distinção entre estes e simples animais, a presença da arte grotesca torna-se relevante, com suas ambigüidades e inversões. O resultado é uma fonte de variadas imagens e significações, tendo como principal símbolo o verme, considerado como um deus. Seu festim ruidoso se contrapõe à lamentação e à passividade de suas vítimas, e seu poder é comparado ao de Jesus Cristo. Ele é o destruidor e o reconstrutor dos elementos dentro do ciclo da vida. Ao mesmo tempo, o poeta utiliza essas características grotescas dentro de sua linguagem poética: um vocabulário técnico é empregado ao lado de vocábulos comuns, um ritmo mais denso faz oposição a um ritmo mais melódico, e o ato de jogar com as palavras parece esconder uma dor semelhante a de um parto para exteriorizá-las. O resultado é uma obra transgressora que criou algo novo em um momento (começo do século XX) em que a poesia brasileira ainda se servia de velhas concepções e idéias. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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