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			| Aluno(a) | 
			Luciane Alves dos Santos | 
		 
		
			| Titulo | 
			Metamorfose: o universo fantástico muriliano | 
		 
		
			| Orientador(a) | 
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			| Data | 
			16/04/2003 | 
		 
		
			| Resumo | 
     		A história do pensamento e do comportamento ocidentais do século XVIII até o século XXI é a referência mais segura para caracterizar as mudanças ou metamorfoses sofridas pela narrativa fantástica durante esse período. A literatura está sempre afinada com os acontecimentos de sua época; assim, as transformações do mundo, políticas, históricas e culturais, caracterizam as diferentes faces que o gênero apresentou durante os séculos. Se inicialmente o horror externo ao homem, de caráter sobrenatural, foi a fonte de inspiração de muitos autores, a história do mundo e suas constantes transformações encarregaram-se de revelar o horror presente no íntimo do ser humano, o que caracterizou o fantástico do século XX.  
A percepção e representação da realidade absurda e opressora, e as angústias que permeiam a existência do homem moderno adentraram na literatura também através da narrativa fantástica. A partir de Kafka, o fantástico segue outro rumo; não são mais as histórias de arrepiar que transmitem o medo, o irracional. Agora, temos o fantástico aliado ao absurdo: os personagens são pessoas comuns, prisioneiras de seus medos em uma existência angustiada. É um gênero de extrema vitalidade que traduz as imperfeições e angústias do mundo através do choque entre o racional e irracional; dessa antinomia que faz brotar o fantástico aflora a consciência do homem do século XX. 
No Brasil, o universo ficcional de Murilo Rubião revela a importância de sua obra no âmbito da narrativa fantástica. Seus contos mostram, através do absurdo ficcional, a fatalidade da vida moderna, povoada de medo, angústia e solidão. A irrupção do fantástico apresenta-se nos contos do escritor mineiro por meio, sobretudo, do processo de metamorfoses, que se revela tanto pelos temas desenvolvidos quanto pelo fazer poético. Dessa forma, a natureza fantástica de sua obra é também fruto de uma linguagem repleta de alegorias: linguagem que expõe as insatisfações humanas e assume caráter revelador e crítico. | 
     	 
     	
			| Tipo | 
			Defesa-Mestrado | 
		 
	 
	 
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