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| Aluno(a) |
Elisabete B. de Faria |
| Titulo |
A narrativa lírico-poética de "Campo Geral" |
| Orientador(a) |
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| Data |
13/03/2003 |
| Resumo |
A dissertação de mestrado tem por objetivo examinar o discurso lírico-poético da novela "Campo geral", derivado da maneira como a narrativa é construída, colocando o leitor em contato com a sensibilidade poética de Miguilim. Para tanto, de um lado, baseia-se em ensaios críticos sobre Guimarães Rosa, especialmente os que contemplam "Campo geral", como os de Benedito Nunes, Dante Moreira Leite e Paulo Rónai. De outro lado, vincula-se aos postulados de Gérard Genette para analisar duas categorias narrativas acionadas pelo discurso, que são as instâncias de modo e voz, e relacioná-las. A proximidade entre quem vê - Miguilim - e quem fala - o narrador - é responsável pela manifestação do discurso indireto livre, modo narrativo predominante, que, ao permitir o acesso à interioridade do protagonista, impregna o texto de imagens da infância, presentificada em minúcias sensoriais, emotivas e lúdicas, marcas registradas do discurso lírico-poético da composição. Através de procedimentos atinentes à mensagem poética - para cuja análise a contribuição principal é a de Roman Jakobson em "Lingüística e poética" - veiculam-se impressões e observações da criança. Entre os procedimentos estão as reiterações, as analogias, as ressonâncias, as figuras, o trabalho com os sons - rima, ritmo, aliterações, onomatopéias -, fontes reveladoras do extenso e meticuloso trabalho com as palavras, captadas e inseridas na narrativa de forma peculiar, confirmando as singularidades da visão infantil. Graças à empatia entre narrador e focalizador, responsável pelo tom poético, constroem-se os recursos da poesia na prosa, criando-se a atmosfera lírica de "Campo geral", que se deve à presença marcante de Miguilim, representante maior da sensibilidade e afetividade infantis. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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