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Aluno(a) |
Sandra Elis Aleixo |
Titulo |
De memórias e flores: a palavra fantástica de Murilo Rubião |
Orientador(a) |
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Data |
06/06/2002 |
Resumo |
A dissertação de mestrado O discurso fantástico de Murilo Rubião tem por objetivo analisar o processo de composição que permeia a obra desse escritor, representada pelos contos "Memórias do contabilista Pedro Inácio", "Ofélia, meu cachimbo e o mar", "Petúnia", "Aglia", "O pirotécnico Zacarias", "O ex-mágico da taberna Minhota", ressaltando a sua filiação a um fantástico novo, a peculiaridade com que realiza o efeito de fantástico e o modo como metaforiza as relações opressivas entre sociedade e individuo. A análise é feita a partir do contraste entre produção de Murilo e as proposições teóricas de Lovecraft e Todorov, e é norteada por estudos referentes ao fantástico, apresentados, sobretudo, por Bessière (1974) e Ehrsam (1985). Ademais, para a análise das narrativas, adotam-se proposições narratológicas de Gerard Genette. É também parte do embasamento teórico a avaliação crítica dos contos de Rubião, realizada, entre outros, por Arrigucci Jr. (1987, 1999), Schwartz (1981, 1982) e Gregolin (1997), que salienta a singularidade do escritor dentro da literatura brasileira contemporânea. No cotejo das seis narrativas, observa-se a recorrência dos temas da solidão, da anulação da identidade, da circularidade de ações que, paradoxalmente, conduzem apenas à esterilidade. As personagens representam seres entediados, isolados da convivência social, frustrados nas relações amorosas. A personalidade de cada um evapora-se e no seu lugar, apenas os fantasmas. Esses seres murilianos são, na verdade, a representação clara do individuo aprisionado nas engrenagens do sistema capitalista e burocrático, de onde, mesmo que se deseje, não se pode fugir, pois as saídas são labirínticas, fazendo com que sempre se retorne ao ponto inicial, num eterno ciclo. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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