UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Thais Fernanda Rodrigues da Luz Teixeira
Titulo Perspectivas femininas no Atlântico negro: ficção e história nos romances um defeito de cor e as lendas de Dandara
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Cesar Andrade da Silva
Data 30/06/2022
Resumo Esta pesquisa investiga perspectivas femininas presentes nos romances Um defeito de cor
(2016), de Ana Maria Gonçalves e As lendas de Dandara (2016), de Jarid Arraes, entre elas, o
poder da autodefinição como o saber capaz de iluminar o caminho para a liberdade. Nessa
perspectiva, Dandara e Kehinde consagram-se heroínas com rosto africano (FORD, 1999):
representam a integração da mulher marginalizada na sociedade colonial. Desse modo, refletiuse sobre a atuação das memórias e identidades (HALL, 1996; 2003; CASTELLS, 2018;
CANDAU, 2016) na formação dos territórios de pertencimento das protagonistas. Ao passo que
as identidades culturais se transformam em identidade de resistência considerando a experiência
da/na diáspora negra e tendo em vista como as obras literárias cooperam para um lembrar ativo
envolvendo memória, ficção e História. Outrossim, considerou-se, que o corpus pertence aos
romances de autoria negra (MIRANDA, 2019; CUTI, 2010; BERND, 1998a), dado ao seu
caráter autorreflexivo, político e reivindicatório, visto que suas protagonistas são capazes de
mobilizar a escrita de uma história para si (bell hooks, 2019a; 2019b; COLLINS, 2019). Além
disso, os romances Um defeito de cor e As lendas de Dandara são considerados um projeto de
emancipação das autoras Ana Maria Gonçalves e Jarid Arraes na medida em que oferecem uma
história de reparação e ressignificação da escravidão no Brasil.
Palavras-chave: Ana Maria Gonçalves; Jarid Arraes; autoria negra; ficção e História;
identidade e memória.

ABSTRACT
This research investigates female perspectives present in the novels Um defeito de cor (2016),
by Ana Maria Gonçalves and As lendas de Dandara (2016), by Jarid Arraes, among them, the
power of self-definition as knowledge capable of illuminating the path to freedom. From this
perspective, Dandara and Kehinde are heroines with an African face (FORD, 1999): they
represent the integration of marginalized women in colonial society. In this way, it was reflected
on the performance of memories and identities (HALL, 1996; 2003; CASTELLS, 2018;
CANDAU, 2016) in the formation of the protagonists' territories of belonging. While cultural
identities are transformed into an identity of resistance considering the experience of/in the
black diaspora and considering how literary works cooperate for an active remembering
involving memory, fiction and history. Furthermore, it was considered that the corpus belongs
to black novels (MIRANDA, 2019; CUTI, 2010; BERND, 1998a), given its self-reflective,
political and demanding character, since its protagonists are able to mobilize the writing of a
story for you (bell hooks, 2019a; 2019b; COLLINS, 2019). Furthermore, the novels Um defeito
de cor and As lendas de Dandara are considered an emancipation project by the authors Ana
Maria Gonçalves and Jarid Arraes insofar as they offer a history of reparation and
resignification of slavery in Brazil.
Keywords: Ana Maria Gonçalves; Jarid Arraes; black authorship; fiction and History; identity
and memory.
Tipo Defesa-Doutorado
Texto Completo

APG 2.0
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