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Aluno(a) |
Maria Imaculada Cavalcanti |
Titulo |
Ruptura E Adesão Na Lírica De Álvares De Azevedo |
Orientador(a) |
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Data |
25/10/2002 |
Resumo |
Como poeta romântico, Manuel Antônio Álvares de Azevedo expressa sua veia literária usando da individualidade como arma de resistência e transgressão, em busca do princípio da liberdade, da imaginação criadora e da originalidade, contra a fidelidade aos cânones de composição poética. A sua obra suscita diversas controvérsias pela dualidade nela contida, promovendo um maior ou menor grau de transgressão às regras tradicionais, permitindo a sua divisão em uma veia lírica e outra irônica, o que a torna bastante instigante, visto que essa divisão não é radical, mas uma mescla destas duas tendências, principalmente na Lira dos vinte anos. Este estudo da lírica de Azevedo objetiva a investigação das diversas formas de tensão que se apresentam na sua poesia. Nesse sentido, verifica-se em que medida a negação e a ruptura se instaura em sua obra, não só pela simples adesão ao novo, mas em direção a um processo de criação original; averiguando se esse processo vai além da recriação de modelos ou consolida normas estabelecidas. Dessa forma, foram trabalhados temas e processos de composição que possibilitaram a confirmação do rompimento de sua criação com a estética clássica e a sua inserção na modernidade romântica. Temas como angústia, melancolia, pessimismo, amor, erotismo, morte e satanismo, resultantes da relação homem/mundo, representam o espírito de rebeldia e a exaltação da imaginação e da fantasia. Quanto aos processos de composição, a ironia e a paródia contribuem para marcar a existência em desequilíbrio e o dilaceramento do poeta. Esses pontos, enquanto marcas de negação e transgressão, apresentam-se com ênfase na obra azevediana. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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