|
|
Aluno(a) |
Maria de Fátima Cruvinel |
Titulo |
A leitura literária na escola: a palavra como diálogo infinito |
Orientador(a) |
|
Data |
29/08/2002 |
Resumo |
A leitura é uma prática discursiva em que estão inseridos os sujeitos produtores de sentido ¾ autor e leitor ¾, determinados sociohistoricamente. Na prática escolar de leitura, esses sujeitos são mediados pelo professor, e inscritos na ordem institucional escolar. Sendo discurso e estando inserida no campo discursivo educacional, a leitura literária, objeto específico desta pesquisa, traz, em sua gênese, uma contradição: a literatura, uma manifestação de natureza polissêmica, ser instituída como uma prática numa situação de coerção, ou seja, a uma expressão de arte, ser dado um caráter de disciplina curricular, o que provoca uma tensão entre o discurso literário e o discurso escolar. No primeiro movimento desta pesquisa, apresenta-se uma paisagem da leitura literária, enfocando o lugar que essa atividade tem ocupado na escola brasileira de ensino médio, nas duas últimas décadas. No segundo movimento, são problematizados alguns mitos sobre leitura que têm orientado e determinado a prática de leitura literária em sala de aula. Com base numa compreensão discursiva de linguagem, o último movimento apresenta uma possível concepção de leitura e interpretação, mediante a discussão de conceitos ou categorias como discurso, autoria, texto, leitor. Considerando que a atividade de leitura coloca-se como resultado da relação entre interlocutores que, numa situação de interação e, conseqüentemente, conflito, produzem sentidos, conclui-se que a leitura literária escolar encontra-se enovelada numa rede de discursos, cujo principal interlocutor é o professor, de forma que sua concepção de leitura determina a prática de leitura na sala de aula. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
|
|
|
|