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Aluno(a) |
Regina Célia Custódio de Souza |
Titulo |
Dois olhares sobre o mito de Antígona |
Orientador(a) |
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Data |
22/11/2001 |
Resumo |
Dois olhares sobre o mito de Antígona é uma reflexão sobre a criação e produção teatral: sua construção formal e temática, a partir de conceitos como paródia, intertexto e intertextualidade. Adotar uma perspectiva paródica/inter-textual, em nosso caso, significa assinalar o trabalho de assimilação e transfor-mação que sofre um texto quando em contato com outros textos, sejam eles orais ou escritos.
Partimos, portanto, dos argumentos elaborados por Mikhail Bakhtin (1981), o formalista russo, que postula que, para construir seu discurso um enunciador necessariamente leva em conta o discurso do outro, elabora seu discurso a partir de outros discursos e que elege a forma dramática como material possibilitador de acesso às diferentes concepções ideológicas presentes em um único e mesmo texto.
Essa percepção da existência de um texto anterior sob o texto que está por se compor é adotada explicada e expandida por Manfred Schmeling (1982), cujos argumentos também adotamos, ao teorizar sobre as afinidades entre metateatro, paródia e intertexto. Para Schmeling é através do metateatro que os dramaturgos conseguem propor uma ruptura com a ilusão teatral, na medida em que o metateatro mostra-se como uma forma de reflexão sobre o próprio processo teatral.
Decidimos pois, empreender uma análise que privilegiasse o aspecto metateatral evidenciado a partir do cotejo entre as Antígonas de Sófocles e Anouilh, posto que, enquanto leitores/espectadores, podemos recriar a obra que lemos/vemos; ao mesmo tempo, nossa leitura é a maneira pela qual podemos idealizar o mundo, uma vez que tudo que se escreve revela a possibilidade ou impossibilidade de se ler e escrever a história na qual o texto se constrói como (re)escritura. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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