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Aluno(a) |
Antonio Carlos Aleixo |
Titulo |
A travessia nas margens: literatura e história em: Pessach: A Travessia, de Carlos Heitor Cony |
Orientador(a) |
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Data |
30/10/2001 |
Resumo |
A oposição que se fez entre literatura, como lugar da ficção e história, como lugar da ciência no século XIX é que motiva os debates travados neste trabalho, pois, nele, história e literatura não constituem duas frentes opostas, mas duas necessidades discursivas humanas com campos já delimitados. Como instituições que operam pela linguagem, circulando por um discurso, tanto a história quanto a literatura buscam criar um efeito de sentido, o que supera a busca pelo real e pela verdade, tão necessária para a ideologia cientificista e positivista do século XIX. A fundamentação teórica sobre a qual se assenta a análise literária e histórica gira em torno dos conceitos de "operação historiográfica", de Michel De Certeau e das idéias de Hayden White, para quem, ao se elaborar um discurso, que é o intermédio entre os fenômenos e o conhecimento, se faz a partir de uma escolha estilística, ou figurativa. O objetivo principal da dissertação é situar, analisando externa e internamente, o romance Pessach: a travessia, de Carlos Heitor Cony, lançado em 1967, no contexto histórico do início da ditadura militar brasileira daquele período. Após analisar o discurso literário como lugar de preenchimento de sentidos para uma sociedade calada, chega-se à conclusão, no trabalho, que o romance de Carlos Heitor Cony expressa forma e conteúdo do contexto histórico da Aliança Libertadora Nacional e da ação urgente de Carlos Marighella. Tanto os movimentos políticos da ALN quanto as ações da ditadura estão impressas na obra, metaforizados pelas figuras do sujeito judeu, escritor burguês, intelectual, que se vê movido a tomar uma posição política. O romance opera pela urgência na tomada de posição política dos intelectuais brasileiros do final da década de 60. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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